A cantora Anitta utilizou suas redes sociais nesta terça-feira (14) para fazer um forte apelo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT): que a próxima vaga do Supremo Tribunal Federal (STF) seja ocupada por uma mulher. O pedido surge após o ministro Luís Roberto Barroso anunciar sua aposentadoria, abrindo espaço para uma nova indicação.

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Representatividade feminina em pauta

Anitta destacou o desequilíbrio histórico dentro da Suprema Corte, lembrando que, em 134 anos, o STF teve 172 ministros — apenas três deles mulheres e nenhuma negra. Se Lula escolher novamente um homem, o tribunal voltará a ter dez ministros e apenas uma mulher em exercício, Cármen Lúcia, nomeada pelo próprio presidente em 2006.

“O Ministro do STF, Barroso, se aposentou, o presidente Lula terá que indicar um novo nome. Eu como cidadã gostaria de deixar pública minha torcida pra que seja uma mulher”, afirmou a cantora.

O Ministro do STF, Barroso, se aposentou, o presidente Lula terá que indicar um novo nome. Eu como cidadã gostaria de deixar pública minha torcida pra que seja uma mulher. pic.twitter.com/ACUnLHNKb5

— Anitta (@Anitta) October 14, 2025

Favoritos de Lula e pressão por mudança

Apesar do apelo, os principais cotados nos bastidores continuam sendo homens: Jorge Messias, advogado-geral da União; Rodrigo Pacheco, senador (PSD-MG); e Bruno Dantas, ministro do TCU. Todos têm boa relação com o Planalto e contam com apoio político e institucional.

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Entretanto, cresce dentro e fora do governo a pressão por uma escolha feminina. Caso Lula ceda, a ministra Daniela Teixeira, do STJ, aparece como nome mais provável.

Entidades reforçam o pedido

Após o anúncio da aposentadoria de Barroso, diversas entidades jurídicas divulgaram uma carta pedindo que Lula indique uma mulher. O documento ressalta que a baixa presença feminina e racial no STF é um “problema estrutural” e cita nomes como Adriana Cruz, Daniela Teixeira, Vera Lúcia Araújo e Maria Elizabeth Rocha entre as possíveis candidatas.

Com o movimento, Anitta se junta a uma crescente mobilização nacional por mais representatividade e igualdade de gênero no Judiciário.