
Haroldo Costa morreu neste sábado (13), aos 95 anos. A informação foi divulgada por familiares nas redes sociais e confirmada pelo Jornal Nacional. Ícone da cultura brasileira, ele entrou para a história ao se tornar o primeiro homem negro a atuar no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, abrindo caminhos para gerações futuras de artistas.
De acordo com informações do g1, Haroldo enfrentava problemas de saúde em razão da idade avançada e havia sido internado recentemente. A notícia de sua morte gerou comoção entre artistas, jornalistas e admiradores de sua trajetória.
Pioneirismo no teatro e na televisão
A carreira de Haroldo Costa como ator começou no Teatro Experimental do Negro, espaço fundamental para a valorização da arte negra no Brasil. Seu grande marco veio com o protagonismo da peça Orfeu da Conceição, que o consagrou como o primeiro ator negro a subir ao palco do Theatro Municipal do Rio.
Ao longo da carreira, Haroldo contracenou com nomes históricos da dramaturgia brasileira, como Ruth de Souza, Grande Otelo e Milton Gonçalves. Na televisão, esteve em produções de destaque, entre elas a minissérie Chiquinha Gonzaga (1999), de Lauro César Muniz, na qual interpretou Raymundo da Conceição.
Segundo o Memória Globo, um de seus últimos trabalhos na TV foi na minissérie Subúrbia (2012), onde viveu Seu Aloysio, em uma obra assinada por Paulo Lins e Luiz Fernando Carvalho.
Jornalismo e contribuição à TV Globo
Além da atuação, Haroldo Costa teve papel relevante no jornalismo. Ele integrou a equipe que inaugurou a TV Globo em 1965, atuando como diretor e produtor em alguns dos primeiros programas da emissora, contribuindo diretamente para a construção da televisão brasileira.
Paixão pelo carnaval e pelo samba
No carnaval, Haroldo também deixou sua marca. Foi comentarista dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro, tornando-se conhecido pelos comentários atentos sobre sambas-enredo, alegorias e a história das agremiações.
Em entrevista ao Memória Globo, ele destacou a importância do carnaval para a identidade nacional: “Acho o carnaval uma coisa essencial que define a gente como brasileiro”. Haroldo chegou a integrar o corpo de jurados da Liesa e do tradicional Estandarte de Ouro, além de produzir grandes espetáculos musicais ligados ao samba.
Sua trajetória permanece como símbolo de resistência, talento e valorização da cultura brasileira.
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