Ator de Terra Nostra morreu apenas 6 anos depois da novela, por doença grave

Raul Cortez (1932-2006) foi um dos maiores nomes da teledramaturgia brasileira e marcou gerações com suas atuações intensas. Em Terra Nostra, novela atualmente reprisada na faixa Edição Especial da Globo, o ator deu vida a Francesco, personagem central da trama. O artista faleceu em julho de 2006, aos 73 anos, após enfrentar uma longa batalha contra o câncer. Em resumo, sua participação na novela ocorreu cerca de seis anos antes de sua morte, consolidando mais uma vez sua importância no cenário televisivo nacional.

Thiago Lacerda relembra preparação para viver Matteo, de ‘Terra Nostra’

Na trama ambientada no final do século XIX, Francesco é um imigrante italiano que construiu fortuna no Brasil. Casado com Janete (Ângela Vieira) e pai de Marco Antônio (Marcello Antony), ele mantém uma relação de lealdade com os pais de Giuliana (Ana Paula Arósio), a quem protege com dedicação. Entretanto, apesar de sua postura firme como patriarca, o personagem acaba vivendo um dilema ao se apaixonar pela bela Paola (Maria Fernanda Cândido). Em resumo, esse enredo trouxe profundidade ao papel e destacou a versatilidade de Raul Cortez em interpretar personagens complexos.

Vida e carreira de Raul Cortez antes e depois de Terra Nostra

Antes de se tornar ator, Raul Cortez chegou a estudar Direito, mas aos 22 anos decidiu seguir a carreira artística. Sua estreia na televisão ocorreu em 1966, na novela Ninguém Crê em Mim, da TV Excelsior. Já consolidado no teatro e no cinema, o ator passou por emissoras como Band e Tupi nos anos 1960 e 1970, pois levou um tempo até conquistar espaço definitivo na Globo.

8 atores de Terra Nostra que já faleceram e deixaram saudade

Entre seus trabalhos mais memoráveis na emissora estão Miguel Fragonard, de Água Viva (1980), personagem que teve morte misteriosa, e o enigmático Quim, de Baila Comigo (1981). Outros papéis marcantes incluem o bicheiro Célio Cruz, de Partido Alto (1984), o bigamo Herbert Alvaray, de Brega & Chique (1987), e o vilão Virgílio, de Mulheres de Areia (1993). Cada interpretação reforçou seu talento para dar vida a figuras intensas e multifacetadas.

Últimos trabalhos de Raul Cortez

O último trabalho de Raul Cortez em novelas foi como o Barão de Bonsucesso, em Senhora do Destino (2004), papel que entrou para a galeria de tipos inesquecíveis da televisão. Ele também brilhou na minissérie JK (2006), interpretando o político Antônio Carlos Ribeiro de Andrade. Em 18 de julho de 2006, o Brasil se despediu de um dos maiores atores de sua história, cuja trajetória segue como referência para novas gerações de artistas.

Colaborou: Reginaldo Lemos