Edvana Carvalho, intérprete de Eunice em Vale Tudo, falou sobre o desfecho da novela da Globo durante uma festa promovida pela autora Manuela Dias. A atriz destacou a força feminina na trama e como isso refletiu no impacto da vilã Odete Roitman.

+ Alcione critica final de Vale Tudo durante show: ‘Achei xoxo’

— “Acho que as mulheres foram tão empoderadas nessa novela que matar a Odete não resolveria muita coisa. Ela pode voltar sempre. É uma grande crítica. Mulher é f…. Podem tentar nos matar que a gente volta. E voltamos mais fortes que as nossas avós, né?” — afirmou Edvana.

Essa entrevista da Edvana Carvalho, que interpretou Eunice em Vale Tudo, tá espetacular: “já colocamos odetes na presidência” pic.twitter.com/QYZilLxjIH

— Jeje ✨ (@jejezaum) October 18, 2025

Reflexão sobre idolatria e política

Questionada sobre a popularidade de Odete entre o público, Edvana traçou um paralelo com o cenário político brasileiro:

— “É triste porque vivemos essa rasura na internet. Idolatramos pessoas que não são ídolos. A Odete representa isso. É importante falar dela porque já colocamos pessoas como Odete dentro da presidência”.

Ela ainda criticou a impunidade presente na trama, usando os personagens Marco Aurélio e Odete como metáforas da realidade:

— “Mostramos Marco Aurélio que tentou matar uma mulher, que roubou o tempo inteiro, com tornozeleira no pé. Não acontece muita coisa pra gente como Odete e Marco Aurélio. Esse é o Brasil, esse é o vale tudo. É uma crítica que podemos fazer. O Brasil continua igual, e eles continuam em suas casas, em suas camas e sedas, usando suas tornozeleiras. Não vão para os presídios”.

+ Debora Bloch diz que não passa pano para Odete Roitman, e brinca: ‘Ninguém me chama mais de Debora’

Cena icônica: o tapa no topete

Eunice marcou presença na história com ações simbólicas, como o tapa no topete de Odete após a vilã tentar comprar sua filha. Edvana comentou a importância do gesto:

— “Achei muito mais interessante que o tapa foi no topete da Odete, do que um tapa no rosto. Esse representava um tapa nessa elite que temos e não queremos mais. Não queremos gente homofóbica, racista… Queremos gente do bem e do amor. O público torcia como se fosse fim de campeonato de futebol. Foi muito representativo”.

Com essas cenas e reflexões, Edvana celebra não apenas o crescimento de Eunice, mas também a mensagem social que a novela transmitiu aos telespectadores.