
O cantor Gilberto Gil, de 83 anos de idade, comentou sobre a morte da filha, Preta Gil, durante a Missa de Sétimo Dia da cantora, na Paróquia Santa Mônica, no Leblon, Rio de Janeiro, que ocorreu na noite da última segunda-feira, 28 de julho. Ela morreu aos 50 anos de idade, no domingo, 20, enquanto fazia um tratamento contra o câncer de intestino no qual lutava desde janeiro de 2023.
Gil, que estava acompanhado da esposa, Flora Gil, e do neto, Francisco Gil, único filho da Preta, argumentou em relação ao sofrimento da musicista em meio ao tratamento que durou 2 anos: “A partida dela também tem essa contribuição, contribui para nós sermos mais amorosos e mais afetivos”, iniciou ele.
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Luta
Adiante, Gilberto comentou sobre a luta de Preta Gil contra a doença: “Todos sabem, no país inteiro, que a Preta passou por um longo período de adaptação à partida, ao processo todo de ir embora. A ficha para nós todos e para ela, especialmente, foi caindo aos poucos. Foram dois anos [do tratamento de câncer]”, refletiu ele.
Sofrimento
O músico então comentou sobre o sofrimento da filha naquele momento difícil: “O que fica mais acentuado no pesar da perda, é o fato de que houve um sofrimento muito grande dela. É a coisa da qual, digamos assim, a gente mais se ressente, né? Fica do sentimento um ressentimento, pelo fato de que ela tenha tido um período muito grande [de sofrimento]. O que também, por outro lado, ajudou na luta dela para essa adaptação, para esse acompanhamento que ela fez”.
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Legado
O dono do hit ‘Drão’, canção do cantor dedicada à mãe da Preta e a última música cantada por Preta Gil em um palco antes da morte, fez uma reflexão sobre o legado da filha ao mundo: “Acho que a vida, especialmente num período da história da humanidade em que vivemos tantas tribulações, por causa das dificuldades do fluxo do afeto, esse afeto tem sido muito represado, muito colocado em pequenas caixinhas para manipulação de uns e de tantos”, pontuou.
“Nesse sentido, é o fato da lembrança dela, da memória dela ter uma circulação muito grande, muito permanente, é um consolo, é um contraponto a essas dificuldades de afirmação do afeto pelos quais o mundo passa ultimamente. A partida dela também tem essa contribuição, contribui para nós sermos mais amorosos e mais afetivos”, finalizou Gil em entrevista à revista ‘Quem’.






