
Na noite deste último domingo (30/11), o “Fantástico” exibiu uma reportagem sobre o caso dos influenciadores Hytalo Santos e Israel Natã Vicente, conhecido como MC Euro. Na ocasião, o programa da Globo mostrou trechos do depoimento do influenciador de 27 anos, que se tornou réu por exploração de menores.
Juiz confronta Hytalo Santos sobre denúncias
No interrogatório, o magistrado apresentou as acusações de exploração de menores, tráfico de pessoas e criação de material infantil impróprio. Hytalo, por sua vez, negou que tenha cometido estes crimes. “Eu me sinto até um pouco constrangido, por ter feito tanto por essas crianças, tanto por esses adolescentes que estão nesses autos e ter que responder, por mais que seja obrigatório estar respondendo aqui, mas me dói. Me dói muito.“, desabafou ele logo a princípio.
Na sequência, o juiz citou o brega funk, ritmo presente nas coreografias e vídeos que Hytalo produzia com os jovens. Em suma, o magistrado perguntou se o conteúdo seria “obsceno, apelativo ou voltado ao público adulto. O influenciador voltou a negar e argumentou que as letras refletem vivências das comunidades onde o ritmo nasceu. “A letra, tanto do brega funk, quanto de muitas músicas de funk, quanto de muitas outras músicas, tem o que a realidade é colocada naquele lugar, naquela periferia.“, disse.
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Brega funk vira ponto central de debate durante interrogatório
Em seguida, o juiz questionou Hytalo sobre a rotina das crianças que circulavam na casa onde ele e o marido moravam. O criador de conteúdos, porém, desmentiu que os menores morassem ali, mas confirmou que quatro adolescentes viviam com eles: “Na verdade, os pais sempre fizeram parte, né? Era uma criação de mão dupla. Eles passavam a maior parte do tempo comigo, mas iam ver os pais também.”, garantiu.
Relembre e entenda
A prisão de Hytalo e Euro ocorreu no dia 15 de agosto, em Carapicuíba (SP). No fim daquele mês, as autoridades levaram o casal ao Presídio do Róger, na Paraíba, onde eles permanecem em prisão preventiva desde 28 de agosto. O caso cresceu ganhou repercussão após a polícia apontar sinais de tráfico de pessoas e exploração de menores ligados à produção de vídeos envolvendo crianças e adolescentes para redes sociais.
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Posteriormente, no dia 23 de setembro, a 2ª Vara Mista de Bayeux (PB) analisou a denúncia e decidiu acatar parte das acusações. Com isso, Hytalo e Israel passaram formalmente à condição de réus por produção de material adulto envolvendo menores.
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