Jornalista da Globo é atacada por Jair Bolsonaro e emissora rebate; Confira!

Após polêmicas, emissora da família Marinho soltou uma nota de repúdio.
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Mais uma polêmica envolvendo jornalistas da TV Globo. Após polêmicas e acusações, a emissora da família Marinho resolveu se pronunciar e colocar as coisas nos eixos.

Uma importante jornalista da emissora, Miriam Leitão, vinha sofrendo com ataques por parte do presidente da república, Jair Bolsonaro, que teria soltado frases, atacando o passado da profissional.

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No Jornal Nacional, a apresentadora e âncora, Renata Vasconcellos, leu uma carta, o texto da emissora, em repúdio, rebatendo os ataques dele sobre a vida da jornalista na época da Ditadura Militar.

Tudo começou quando Bolsonaro, durante um café da manhã com jornalistas do exterior, afirmou que Miriam fazia parte da luta armada e colocou em dúvida se ela teria mesmo sido torturada, ou não.

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A Globo, vendo as acusações, afirmou que Miriam Leitão nunca fez parte da luta armada. Ela era integrante do Partido Comunista do Brasil e trabalhou com propaganda: “Ela foi presa e torturada grávida, aos 19 anos, quando estava detida no 38º Batalhão da Infantaria em Vitória”, dizia a nota divulgada.

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“No auge da Ditadura de 64, em 1973, Míriam denunciou a tortura perante a primeira auditoria da Aeronáutica no Rio, enfrentando todos os riscos que isso representava na época. Narrou seu sofrimento aos militares e ao juiz auditor, e esse relato consta nos autos para quem quiser pesquisar. A jornalista foi julgada e absolvida de todas as acusações formuladas contra ela pela Ditadura. A absolvição se deu em todas as instâncias”, divulgou a emissora.

Veja a nota de repúdio, contra as falas do presidente:

“O presidente recebeu hoje um grupo de jornalistas estrangeiros para um café da manhã. Os jornalistas cobraram do presidente um comentário sobre o ato de intolerância de que foi vítima a jornalista Miriam Leitão no fim de semana. Miriam e o marido, Sérgio Abranches, participariam de uma feira literária em Jaraguá do Sul, Santa Catarina. Em redes sociais, foi organizado um movimento de ataques e insultos à jornalista, cuja postura, de absoluta independência, foi tratada como um posicionamento político de esquerda e de oposição ao governo Bolsonaro. Em resposta aos correspondentes internacionais, o presidente Jair Bolsonaro disse que sempre foi a favor da liberdade de imprensa, e que críticas devem ser aceitas numa democracia. Mas, depois, afirmou que Miriam Leitão foi presa quando estava indo para a guerrilha do Araguaia, para tentar impor uma ditadura no Brasil. E repetiu, duas vezes, que Miriam mentiu sobre ter sido torturada e vítima de abuso em instalações militares durante a Ditadura Militar que governava o país então. Essas afirmações do presidente causam profunda indignação e merecem absoluto repúdio. Em defesa da verdade histórica, e da honra da jornalista Miriam Leitão, é preciso dizer com todas as letras que não é a jornalista quem mente. Miriam Leitão nunca participou ou quis participar da luta armada. À época militante do PCdoB, Miriam atuou em atividades de propaganda. Ela foi presa e torturada grávida, aos 19 anos, quando estava detida no 38º Batalhão de Infantaria em Vitória. No auge da Ditadura de 64, em 1973, Miriam denunciou a tortura perante a primeira auditoria da Aeronáutica no Rio, enfrentando todos os riscos que isso representava na época. Narrou seu sofrimento aos militares e ao juiz auditor, e esse relato consta nos autos para quem quiser pesquisar. A jornalista foi julgada e absolvida de todas as acusações formuladas contra ela pela Ditadura. A absolvição se deu em todas as instâncias. É importante ressaltar que Miriam Leitão, ao longo dos governos do Partido dos Trabalhadores, foi também alvo constante de ataques. Não questionaram como agora o sofrimento por qual passou na Ditadura, mas a ofenderam em sua honra pessoal e profissional. Em discursos do ex-presidente Lula em palanques, e até mesmo a bordo de avião de carreira, quando Miriam Leitão ouviu insultos e ofensas por parte de militantes petistas que então lhe chamavam de neoliberal e direitista. Esses insultos, no passado, como agora, em sinais trocados, demonstram a maior das virtudes de Miriam como profissional: a independência em relação a governos, sejam de esquerda, de direita ou de qualquer tipo. A Globo aplaude essa independência, pedra de toque do jornalismo profissional e se solidariza com Miriam Leitão.”.

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