
Morreu aos 86 anos Miguel Proença, renomado pianista brasileiro com uma carreira internacional consolidada. A notícia foi anunciada na última sexta-feira (22) pela família do artista. A causa da morte não foi divulgada.
Além do trabalho como músico, também ocupou cargos relevantes como presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), secretário de Cultura do Município do Rio de Janeiro e diretor da Sala Cecília Meireles e da Escola de Música Villa-Lobos.
Considerado um dos maiores defensores da música brasileira, Proença acumulou cerca de 30 gravações que ajudaram a divulgar compositores nacionais. “Foi o maior divulgador dos compositores brasileiros, com aproximadamente 30 gravações. Na sua casa conheci Nelson Freire, Maria Lucia Godoy, Edino Krieger, Mindinha, Villa Lobos, Bidu Sayão, e tantos outros”, lamentou a produtora Gloria Guerra.
Miguel Ângelo Oronoz Proença, seu nome completo, nasceu em Quaraí, no Rio Grande do Sul, em 1939. Estudioso de sua área, fez doutorado pela Escola Superior de Música de Hannover e foi professor na UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e na Universidade de Música de Karlsruhe, na Alemanha.
Assistente de direção morre diante da equipe de filmagem de série da Netflix
Desde cedo, Proença conquistou reconhecimento internacional. Uma crítica publicada no Estadão em 1972 já elogiava suas performances como recitalista e solista, destacando seu talento e virtuosidade. O crítico Caldeira Filho reconhecia que embora faltasse uma autoafirmação mais clara em suas interpretações na época, o tempo trouxe maturidade e aprimoramento ao seu estilo.
Durante sua atuação como secretário de Cultura do Rio entre 1983 e 1988, Proença se tornou uma figura influente no cenário musical e político. Além disso, já era diretor da Escola de Música Villa-Lobos nesse período. Seu desejo de promover a arte entre as massas era evidente desde os anos 1970; em uma entrevista ao Estadão em 1979, ele defendia projetos que buscavam ampliar o acesso à música para o público brasileiro.






