
O mundo da dramaturgia perdeu um grande nome. Francisco Cuoco morreu nesta quinta-feira (19), aos 91 anos. A informação foi confirmada pela família do ator ao jornal Folha de S. Paulo.
O artista estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, há cerca de 20 dias, e sofria complicações de saúde devido à idade. A causa de sua morte não foi informada, mas ele tratava de um ferimento que infeccionou. Ele deixa três filhos, Tatiana, Rodrigo e Diogo, e netos.
Aos 91 anos, Francisco Cuoco enfrenta problemas de saúde e pesa 130 quilos
Cuoco estava morando com a irmã de 86 anos em um apartamento na zona sul de São Paulo e dependia de cuidadores para atividades cotidianas como se levantar da cama e tomar banho.
Queridinho de Janete Clair
Nascido em São Paulo, Francisco Cuoco era filho de um imigrante italiano, o feirante Leopoldo, e da dona de casa Antonieta. O casal, que tinha ainda uma menina, Grácia, era muito humilde, e o ator trabalhava com o pai na feira durante o dia. À noite, estudava e tinha planos de se tornar advogado.
O amor pela interpretação veio ainda criança e via circos mambembes se instalarem no terreno baldio em frente à casa da família, no bairro do Brás. Encantado pelo que via, o menino fazia pequenas encenações e sonhava com o mundo do cinema.
Francisco Cuoco se emociona ao falar das mortes de Tarcísio Meira e Paulo José
O início da carreira de sucesso aconteceu na TV Tupi em 1957. Depois passou por outras emissoras até à Globo em 1970, e onde permanece até os dias atuais. Na emissora, virou queridinho de Janete Clair e imortalizou personagens de sucesso, como o emergente Gilberto Athayde em ‘O Cafona’ (1971), o injustiçado Cristiano Vilhena em ‘Selva de Pedra’ (1972), o taxista Carlão em ‘Pecado Capital‘(1975), o vidente Herculano Quintanilha em ‘O Astro’ (1977), e os sósias Denizard e Paulo Della Santa em ‘O Outro’ (1987).
Por seus trabalhos, Cuoco recebeu diversos prêmios, entre eles um APCA, um Arte Qualidade Brasil e quatro Troféus Imprensa.