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quarta-feira, 1 de maio de 2024

Pelé: uma lenda do futebol; confira a história do craque

Edson Arantes do Nascimento conquistou um legado que ficará eternizado

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Núcia Ferreira
Núcia Ferreira
Jornalista carioca com passagens pelas revistas Conta Mais, TV Brasil e TV Novelas. No site Área VIP, além de redatora, é repórter especialista em Celebridades, TV e Novelas.
Pelé (Reprodução/TV Globo)
Pelé (Reprodução/TV Globo)

O ano começou mais triste após a morte do grande ídolo do futebol. Nos últimos dias de 2022, morreu Pelé, que conquistou o título de maior jogador do MUNDO. Nos últimos anos da sua vida, Edson Arantes do Nascimento, nome de batismo do ex-atleta, lutou bravamente contra o câncer. Sua morte foi anunciada no dia 29 de novembro e deixou o planeta em lágrimas.

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Em 2021, Pelé foi diagnosticado com um tumor de cólon e submetido a uma cirurgia em setembro. Em 2022, o ex-jogador continuou o tratamento com sessões de quimioterapia e radioterapia. A triste notícia veio no início de dezembro. O eterno craque, que estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, desde o dia 29 de novembro, não respondia mais ao tratamento quimioterápico. A partir de então, Edson ficou no hospital para receber cuidados paliativos.

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Destino conquistado

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Edson Arantes do Nascimento nasceu em Três Corações em 1940. Filho de Dona Celeste e do ex-jogador José Ramos do Nascimento, o Dondinho, cresceu apaixonado pelo futebol. Sempre incentivado pelo pai, o garoto não podia dizer o mesmo da mãe, que queria que ele estudasse para ser professor.

Dona Celeste e Pelé no Arquivo Confidencial – Reprodução Globo

Foi durante uma homenagem ao Rei no Arquivo Confidencial, do ‘Domingão do Faustão’, que Dona Celeste lembrou que aos 8 anos de idade, o filho mais velho Pelé não queria saber de mais nada além de jogar bola com os amigos. Aos 10 anos, ele já falava “Mãe, eu quando crescer vou dar tudo pra senhora“.

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Na Copa do Mundo de 1950, quando o Brasil sediou e perdeu o campeonato, Edson fez mais uma promessa ao pai e garantiu que iria conquistar a taça para o país. E foi com o apelido que ganhou dos amigos ainda na infância que o filho de dona Celeste e Dondinho ficou conhecido no mundo inteiro.

Pelé iniciou sua carreira no esporte em Bauru, em São Paulo, para onde a família se mudou durante a infância dele. Jogou em diversas equipes amadoras de futebol de campo e salão. Ao completar 15 anos, foi levado ao Santos Futebol Clube para fazer um teste, mesmo contra a vontade da mãe. A contratação veio no ano de 1956.

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Sua primeira convocação para a Seleção Brasileira aconteceu em 1957, para jogar a Copa Roca, dando o pontapé inicial em uma trajetória de conquistas. Dos 17 aos 29, Pelé representou o Brasil em quatro Copas do Mundo e ganhou três campeonatos mundiais da FIFA: em 1958 na Suécia, 1962, no Chile e 1970, no México.

Pelé ganhou as Copas do Mundo na Suécia, no Chile e no México – Reprodução Instagram

Atleta do século

Pelé foi chamado de “Atleta do Século” pela primeira vez em 1980. O ídolo foi eleito em uma votação promovida pelo jornal francês L’Équipe com 20 jornalistas esportivos de diferentes países. Na eleição, o brasileiro bateu o velocista norte-americano Jesse Owens e o belga Edouard Merkx. O prêmio concedido pelo L’Équipe chamou Pelé de “Campeão do Século” —Champion du Siècle, em francês. Mas a premiação popularizou-se no Brasil e no resto do mundo com o termo “atleta”.

Comentarista esportivo

Já aposentado dos campos, Pelé também teve destaque na Copa do Mundo de 1994, que foi realizada pela FIFA nos Estados Unidos. Pelé foi escalado para comentar a transmissão oficial do mundial, ao lado de Galvão Bueno e Arnaldo Cezar Coelho. O momento marcante foi eternizado com os gritos de “Vai que é sua Tafarel” e “É tetra!”, de Galvão. Uma das cenas mais icônicas é a de Pelé e o narrador esportivo se abraçando na comemoração do quarto título da Seleção Brasileira na Copa do Mundo.

Soltando a voz

Não foi só nos campos de futebol que Pelé se destacou. Em 1968, Pelé gravou com Sergio Mendes & Brasil ’66 um álbum com seu nome. Em 1977, houve um encontro para lá de nobre: o Rei do Futebol com o Rei Roberto Carlos. Pelé participou do Especial de fim de ano do cantor e os dois dividiram os microfones na canção ‘Meu Mundo É Uma Bola’.

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Roberto Carlos cantou ao lado de Roberto Carlos – Reprodução Instagram

Em 2020, aos 80 anos, Pelé lançou a faixa ‘Acredita No Véio’, em colaboração com a dupla mexicana Rodrigo y Gabriela, vencedora do Grammy 2020 na categoria “Melhor Álbum Instrumental Contemporâneo”.

Veia artística

A popularidade também levou o Rei do Futebol a participar de algumas novelas da Globo. Ele fez uma participações especiais em ‘O Salvador da Pátria’, em 1989, contracenando com Lima Duarte, e em ‘História de Amor’, em 1995. Em 2001, o atleta visitou o Bar da Dona Jura (Solange Couto) em ‘O Clone’. Pelé também atuou ao lado de Renato Aragão em ‘Os Trapalhões’.

Pelé com Renato Aragão em ‘Os Trapalhões’ – Reprodução Globo

Além das novelas, Pelé também emprestou o seu talento para o cinema. Ele foi ator em filmes como ‘Fuga para a Vitória’, em 1981, com Sylvester Stallone no elenco, e no longa-metragem brasileiro ‘Os Trombadinhas’, em 1979. O ex-jogador também foi tema de documentários, como:  ‘Pelé Eterno”, de 2004 e ‘Pelé: O Nascimento de uma Lenda’, de 2016.

Pelé com Silvester Stalone – Reprodução Instagram

Força de um talento

Ainda na década de 1960, quando jogava no Santos Futebol Clube, Pelé mostrou a sua força e a do futebol. O time comandado pelo ex-jogador desembarcou na África, em 1969. O Rei e seus companheiros viajaram para a Nigéria, na cidade de Benin, para jogar uma partida amistosa com a seleção do país africano. Na ocasião, a Nigéria estava em meio a um guerra civil, que tinha começado em 1967. Segundo relatos dos jogadores, o governo nigeriano decretou um cessar-fogo para que os jogadores pudessem se deslocar pela cidade em segurança e que, inclusive, virou um feriado local por causa do Santos.

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Honras no exterior

Pelé foi reverenciado em vários cantos do mundo e vários chefes de Estados. Foi convidado pelos ex-presidentes dos Estados Unidos Richard Nixon (1969-1974) e Gerald Ford (1974-1976) para visitar a Casa Branca. Pelé também teve encontros com Jimmy Carter (1977-1981), Ronald Reagan (1981-1989), Bill Clinton (1993-2001) e Barack Obama (2009-2017).

Pelé com Barack Obama – Reprodução Instagram

Em 1968, quando o atleta marcou o seu 900º gol durante um amistoso entre jogadores paulistas e cariocas, no Maracanã, uma presença especial estava na tribuna de honra: a rainha Elizabeth II, então com 42 anos. Depois de assistir à partida, a rainha entregou o troféu à equipe de Pelé. Elizabeth II condecorou Pelé, 19 anos depois, como Cavaleiro da Coroa Britânica, uma comenda equivalente ao título de “Sir”, honraria dada apenas aos britânicos.

Ministro do Esporte

Pelé foi ministro dos Esportes durante o governo de Fernando Henrique Cardoso por pouco mais de três anos, deixando o cargo em 1998,  quando voltou a se dedicar a participar das transmissões de jogos da seleção brasileira masculina de futebol na Globo. Segundo a imprensa retratou à época, durante a função de ministro, ele teve como bandeira a modernização do futebol e a garantia dos direitos trabalhistas dos atletas profissionais. A Lei 9615, de março de 1998, é mais conhecida como Lei Pelé. Ela estabelece normas para diversos assuntos referentes à condução do esporte no Brasil.

Eternizado

O maior jogador do mundo conta com 21 estátuas espalhadas em diferentes lugares. Dentre elas, duas estão no Museu Tussauds, sendo uma em Londres, feita em 1966, e outra em Nova York, com a camisa do New York Cosmos, time no qual encerrou a carreira como jogador.

Na sua cidade natal, em Três Corações, Minas Gerais, Pelé foi homenageado com a estátua ‘Soco no Ar’. O monumento foi inaugurado em 2008 e tem 12 metros de altura. Além de Estados Unidos, Inglaterra e Brasil, o ex-jogador também foi presenteado com esculturas na Ucrânia e na Índia.

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Adeus ao Rei

A morte de Pelé foi repercutida no mundo todo e várias homenagens da mídia em geral foram feitas lamentando a perda do eterno ídolo do futebol.

Jornais internacionais repercutem a morte de Pelé/ (Reprodução/Globo)
Jornais internacionais repercutem a morte de Pelé/ (Reprodução/Globo)

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Núcia Ferreira
Núcia Ferreira
Jornalista carioca com passagens pelas revistas Conta Mais, TV Brasil e TV Novelas. No site Área VIP, além de redatora, é repórter especialista em Celebridades, TV e Novelas.