O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), intensificou nas últimas semanas uma ofensiva política para tentar garantir a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo apuração, o movimento não se limita ao Congresso Nacional e passou a alcançar também ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), com foco especial no ministro Alexandre de Moraes.

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Saúde vira principal argumento

O principal argumento apresentado por Tarcísio aos magistrados envolve o estado de saúde de Bolsonaro. A avaliação do governador é de que uma eventual piora clínica do ex-presidente, sob custódia do Estado, poderia gerar desgaste institucional para a Polícia Federal. A tese defendida é que a Superintendência da PF em Brasília não teria estrutura adequada para garantir o acompanhamento necessário.

Laudo médico reforça pressão

Nesta semana, peritos da Polícia Federal concluíram que Bolsonaro apresenta hérnia inguinal bilateral e precisa passar por cirurgia em caráter eletivo. O laudo aponta que o quadro se agravou devido a crises recorrentes de soluços e tosse crônica, associadas às sequelas do atentado sofrido em 2018 e às cirurgias realizadas desde então. O relatório foi assinado por três peritos do Instituto Nacional de Criminalística.

Confiança em desfecho favorável

Mesmo sem solicitar autorização para visitar Bolsonaro na carceragem, Tarcísio tem afirmado a aliados que acredita que o reencontro ocorrerá já em prisão domiciliar. Desde novembro, ele defende publicamente a medida, classificando-a como uma questão humanitária.

Anistia e embate político

Paralelamente, o governador atua para impulsionar o projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. Apesar da aprovação do PL da dosimetria no Senado, o presidente Lula já anunciou veto, prometendo reação firme caso o Congresso tente derrubá-lo. O embate promete novos capítulos nos próximos dias.

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