
A morte de Arlindo Cruz foi recebida com muita tristeza pelos amigos e fãs do músico. O Império Serrano vai transformar a despedida em uma grande celebração. O velório do cantor e compositor, que morreu nesta sexta-feira (08), aos 66 anos, será realizado neste sábado (09), a partir das 18h, na quadra da escola de samba, em Madureira, Zona Norte do Rio.
O evento será aberto ao público e seguirá até às 10h de domingo (10), com direito a gurufim, uma roda de samba festiva, marcada por emoção e reverência, como o artista queria. A família do artista pediu o uso de roupas claras no velório como “símbolo da luz e da alegria que ele espalhou por toda a sua vida”.
Famosos lamentam morte de Arlindo Cruz: “Que triste!”
O sepultamento está marcado para domingo (10), às 11h, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap. A morte do sambista foi confirmada pela família no início da tarde de sexta-feira. Arlindo estava internado desde abril no Hospital Barra D’Or, na Zona Oeste, por conta de uma pneumonia. Ele morreu em decorrência de falência múltipla dos órgãos.
A prefeitura do Rio de Janeiro decretou luto oficial de três dias pela morte do cantor e compositor.
O que é gurufim?
Gurufim é uma tradição trazida ao Brasil por africanos escravizados. A cerimônia para Arlindo terá inclusive a presença da bateria da escola. Comum entre personalidades do mundo do samba, a tradição é uma cerimônia funerária festiva, com música, dança, comida e bebida. É uma forma de homenagear quem partiu, celebrando sua trajetória com alegria.
Poeta do samba
Arlindo Domingos da Cruz Filho nasceu em Piedade, subúrbio do Rio de Janeiro, em 1958. Aos 6 anos, começou sua trajetória musical, quando passou a tocar cavaquinho. Já na juventude, começou a trabalhar profissionalmente como músico, fazendo rodas de samba com vários artistas. Na década de 1980, passou a integrar o grupo Fundo de Quintal, com a saída de Jorge Aragão.
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Após deixar o grupo, na década de 1990, despontou como cantor em carreira solo. No mesmo período ingressou em uma parceria com o sambista Sombrinha. Ao longo da carreira, Arlindo escreveu canções que ficaram famosas nas vozes de Beth Carvalho e Zeca Pagodinho, além de sambas-enredos da escola Império Serrano.






