
A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro no caso da trama golpista resultou em sua terceira declaração de inelegibilidade, desta vez com validade até 2033.
O ministro Alexandre de Moraes, ao decretar a execução da pena nesta terça-feira (25), aplicou a Lei da Ficha Limpa a todos os condenados do núcleo principal, estabelecendo o prazo de oito anos de inelegibilidade a partir da decisão colegiada da Primeira Turma do STF.
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Pressão no centrão cresce com indefinição de Bolsonaro na próxima eleição
Com a nova restrição, Bolsonaro, que já estava impedido de concorrer em 2026, vê suas possibilidades eleitorais adiadas por mais tempo. Antes das condenações no TSE, o ex-presidente poderia, em tese, disputar as eleições de 2030, mas o novo prazo estende essa impossibilidade até 2033.
A decisão pegou a defesa de surpresa, embora já esperassem pela medida. Os advogados contavam que Moraes aguardaria a apresentação de embargos infringentes, recurso que ainda deve ser protocolado até sexta-feira (28). Enquanto isso, Bolsonaro busca manter influência no cenário político, o que tem gerado atritos com o Centrão devido à sua reticência em definir apoio para 2026.
O centrão defende que o ex-presidente precisa reconhecer suas limitações políticas e apoiar a candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que deve solicitar visita a Bolsonaro na sede da Polícia Federal, onde cumpre pena de 27 anos e três meses.
A determinação da execução da sentença, publicada nesta terça-feira (25), surpreendeu a equipe de defesa de Bolsonaro, que já antecipava essa possibilidade, mas esperava que o ministro Alexandre de Moraes aguardasse a interposição dos embargos infringentes. A equipe jurídica do ex-presidente mantém a intenção de apresentar esses recursos, com previsão de protocolá-los até a próxima sexta-feira (28).
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