
Nesta quinta-feira (18), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revogar licenças de emissoras de televisão que se posicionarem “contra” ele. A declaração foi feita um dia após o programa do comediante Jimmy Kimmel ser tirado do ar na ABC.
Em coletiva, o presidente disse ter lido “em algum lugar” que 97% das emissoras de TV dos Estados Unidos se posicionaram contra ele durante as eleições presidenciais de 2024. Mas não mostrou as provas. “Li em algum lugar que as emissoras estavam 97% contra mim novamente, 97% negativas, e mesmo assim eu venci, e com facilidade. Acho que talvez a licença deles devesse ser retirada. Caberá a Brendan Carr decidir”, afirmou.
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Esta não é a primeira vez que Trump faz essa ameaça. Em agosto, em postagem na rede Truth Social, o alvo do presidente americano foram as redes de TV ABC e NBC. Ele disse que muitos pediam a revogação da licença delas e que seria totalmente a favor da decisão. “As fake news da ABC e da NBC, duas das piores e mais tendenciosas emissoras da história, me rendem 97% de notícias ruins. Se for esse o caso, elas são simplesmente um braço do Partido Democrata e deveriam, segundo muitos, ter suas licenças revogadas pela FCC. Eu seria totalmente a favor disso, porque elas são tão tendenciosas e mentirosas. Uma ameaça real à nossa democracia”, disse na ocasião.
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Nos últimos meses, o presidente tem feito uma série de ataques e movido processos contra veículos de imprensa dos Estados Unidos. Recentemente, ele pediu indenizações bilionárias aos jornais The New York Times e The Wall Street Journal por reportagens que o relacionavam a polêmicas, como o caso Jeffrey Epstein e criptomoedas.
Mais recentemente, Brendan Carr, chefe da FCC, indicou que poderia adotar medidas para suspender a licença da ABC após o apresentador Jimmy Kimmel ter sugerido que o acusado de assassinar o ativista conservador Charlie Kirk era pró-Trump.






