
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a receber salário da Câmara neste mês mesmo morando nos Estados Unidos desde fevereiro. A licença parlamentar foi encerrada no dia 20 de julho, quando a Casa estava em recesso, o parlamentar recebeu R$ 17 mil brutos.
Apesar de ter recebido o pagamento referente a julho, Eduardo não pode sacar o dinheiro ou fazer transações. Desde o mês passado, o deputado tem suas contas e chaves PIX bloqueadas por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Bens móveis e imóveis do deputado também estão vedados para transações.
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Em nota, a Câmara confirma o pagamento ao deputado. De acordo com a Casa, a ordem judicial para bloqueio do salário do deputado foi recebida no último dia 24, depois do fechamento da folha referente a julho, o que foi efetuado no dia 21. Os próximos pagamentos, portanto, ficarão retidos. Quanto aos secretários parlamentares, a Câmara informa que não há determinação para suspensão dos salários, enquanto Eduardo mantiver seu mandato. A reportagem procurou Eduardo, mas não teve resposta.
O gabinete do deputado, que já afirmou a intenção de não voltar ao Brasil, também segue funcionando normalmente. Segundo os dados da Câmara, Eduardo manteve em julho oito funcionários, com salários que variam de R$ 9 mil a R$ 14 mil. O valor somado é de R$ 123 mil.
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No exterior, Eduardo conta com a ajuda do pai para se manter. No mês passado, Jair Bolsonaro afirmou que transferiu dinheiro legal para o filho. Segundo o ex-presidente, o montante veio dos R$ 17 milhões que ele recebeu de apoiadores via Pix, em 2023. Na ocasião, os aliados de Bolsonaro fizeram uma campanha financeira para pagar as multas recebidas pelo marido de Michele durante a pandemia de Covid-19.






