
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou em Nova Iorque neste domingo (21) para participar da Assembleia Geral da ONU, um dos eventos diplomáticos mais importantes do calendário mundial. Como manda a tradição, o líder brasileiro será o responsável por abrir a série de discursos nesta terça-feira (23), diante de chefes de Estado de todo o planeta.
O clima, no entanto, não será apenas de formalidade. Isso porque será a primeira vez que Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estarão frente a frente desde o início da troca de farpas entre os dois líderes. Embora não exista previsão de uma reunião bilateral oficial, a possibilidade de um encontro informal nos corredores da sede das Nações Unidas tem gerado expectativa entre diplomatas e observadores políticos.
Desde julho, a relação entre Brasília e Washington ganhou tons mais tensos. Trump anunciou um tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros e ainda determinou sanções contra integrantes do governo e autoridades do Judiciário. As medidas desencadearam reações negativas e elevaram o tom das críticas trocadas entre os dois presidentes.
+ Lula opina sobre PEC da Blindagem: “Não é uma coisa séria”
Outro ponto que chamou atenção foi a ausência de alguns membros da comitiva brasileira. Com restrições impostas pelos Estados Unidos, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, desistiu da viagem por ter sua circulação limitada. Dessa forma, Lula chegou à cidade com um grupo mais enxuto, mas ainda assim representativo. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o chanceler Mauro Vieira fazem parte da equipe, além dos ministros da Justiça, da Educação, das Mulheres e dos Povos Indígenas.
A primeira-dama, Janja da Silva, também já está em Nova Iorque, onde cumpre agendas próprias antes da abertura oficial. Agora, resta saber se o palco diplomático da ONU será também o cenário para um inesperado tête-à-tête entre Lula e Trump.
Colaborou: Joaquim Mamede






