A novelista Glória Perez (foto), que perdeu a filha, Daniella Perez, assassinada, resolveu se manifestar sobre o crime cometido por Lindemberg Alves, 22 anos, que matou a ex-namorada Eloá Pimentel, 15, e baleou sua melhor amiga, Nayara Silva, depois de mais de cem horas de seqüestro em Santo André, interior paulista, segundo informações de Regina Rito do jornal O Dia.
“O passional não planeja. Se parar pra pensar, não mata. O pior de todo esse quadro, durante todo esse tempo, o bandido batendo na menina, foi ouvir o MP (Ministério Público) dizendo que estava lá para defender os direitos do Lindemberg. Mesmo que fosse estratégia para que ele se entregasse, não dá para ouvir isso. Ele é um assassino vil que tem que ser denunciado o tempo todo como um perverso, nocivo e premeditado.”
Outras personalidades também expuseram opiniões em seus blogs, como a atriz Christine Fernandes, que relembrou o episódio trágico do ônibus 174: “Estou meio mexida, tomada e ocupada pelo seqüestro de Santo André”. Joana Balaguer questionou o significado da palavra amor e parabenizou Nayara pela coragem: “Tô tremendo, estão passando mil coisas pela minha cabeça. Que amor era esse? Querer seqüestrar, ameaçar, atirar, matar? Não foi assim que aprendi o valor da palavra amor!”.
Fernanda Paes Leme também escreveu a respeito: “Quem não tinha a ver, se meteu. Quem devia dar fim, falhou. Quem foi solta, retornou ao cativeiro. Quem tinha que estar viva, se foi”. Tico Santa Cruz, vocalista do grupo Detonautas e conhecido por seu engajamento político, criticou o episódio: “Uma família perde uma filha, outra perde seu filho, se salva apenas aquela que tentou fazer o papel que a polícia deveria fazer. A polícia deveria saber bem disso antes de entrar em ação diante das câmeras de TV”.
