
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), manifestou o desejo de continuar atuando nos julgamentos relacionados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mesmo após deixar a Primeira Turma da Corte, de acordo com a ‘CNN’. O grupo é responsável por conduzir as ações penais da chamada trama golpista, e Fux tem se posicionado como contraponto ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.
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Nesta terça-feira (21), o magistrado enviou um ofício ao presidente do STF, Edson Fachin, expressando interesse em migrar para a Segunda Turma, que está desfalcada desde a aposentadoria de Luís Roberto Barroso. Mesmo com a mudança, Fux quer seguir participando dos julgamentos já designados pela Primeira Turma.
— “Tenho várias vinculações de processo à Primeira Turma. Eu queria me colocar também à disposição […] para participar de todos os julgamentos que vossa excelência já designou, em prol da própria Justiça”, afirmou o ministro durante a sessão.
— “Então eu estaria na Segunda [Turma] […] se fosse aceitável, eu poderia participar dos julgamentos já marcados”, completou.
STF publica acórdão e defesa de Bolsonaro se prepara para recorrer
O STF publicou nesta quarta-feira (22) o acórdão que confirmou a pena de 27 anos e três meses de prisão em regime fechado para Jair Bolsonaro, abrindo o prazo de cinco dias para que a defesa apresente recurso.
Fontes do tribunal indicam que o julgamento dos recursos do ex-presidente e dos demais réus do núcleo 1 deve começar na próxima semana. A tendência é que a Primeira Turma rejeite os embargos de declaração, o que levaria à expedição dos mandados de prisão definitiva.
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Fux, que votou pela absolvição de Bolsonaro, reafirmou o desejo de acompanhar todas as etapas finais do processo, inclusive as decisões sobre o destino prisional do ex-presidente caso a condenação seja mantida.






