O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, foi surpreendido durante um evento em Buenos Aires, na Argentina, por um protesto de Symon Filipe de Castro Albino, um dos foragidos acusados de envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. O episódio ocorreu enquanto Mendes participava do “Fórum de Buenos Aires”, ao lado do ex-presidente colombiano Iván Duque e do chairman do BTG Pactual, André Esteves.

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Foragido interrompe evento e se pronuncia contra o STF

Durante a palestra, Symon levantou-se no auditório e afirmou estar sendo acusado injustamente pelo ministro Alexandre de Moraes, responsável pelos processos relacionados aos ataques.
“O Alexandre de Moraes me acusa, e acusa outros que estão aqui no nosso meio, de 14 a 17 anos [de prisão] sem nem ter provas de ter entrado dentro dos prédios”, declarou, em referência à invasão das sedes dos Três Poderes.

O foragido explicou que foi ao evento com o objetivo de “aproveitar a presença do ministro” e “mostrar que existem pessoas de bem no meio do dia 8 [de janeiro]”. Apesar do constrangimento, ele foi ouvido por Mendes e pelos demais palestrantes, concluindo sua fala antes de ser escoltado pelos seguranças até a saída. O evento seguiu normalmente após o episódio.

Outros acusados também estavam presentes

Antes da manifestação, Symon chegou a tirar uma selfie com Gilmar Mendes nos corredores do local. De acordo com informações da CNN, outros dois foragidos — Daniel Luciano Bressan e Claudiomiro Rosa Soares — também estavam no evento e se credenciaram com seus próprios nomes.

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Bressan será julgado no dia 14, acusado de tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Após o episódio, Symon publicou nas redes sociais um vídeo ao lado dos outros foragidos, exibindo as credenciais do evento e faixas colocadas nas proximidades com mensagens políticas como “SOS Trump” e “Alexandre de Moraes quer nos matar”.

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