
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que amplia o acesso da primeira-dama Janja da Silva aos serviços do Gabinete Pessoal da Presidência da República (GPPR). A medida, publicada em agosto, foi alvo de críticas da oposição, que agora tenta barrá-la no Congresso.
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Em resposta às acusações, Gleisi afirmou nas redes sociais que “não há nada de errado, irregular e muito menos ilegal” no decreto. Segundo ela, a norma apenas traz transparência às atividades públicas da primeira-dama, sem criar novos cargos ou gerar despesas adicionais.
A ministra também classificou as críticas de opositores como “perseguição política e preconceito” contra Janja. “Na ausência de propostas para o país e na falta do que fazer, inventam factoides para desviar a atenção. Força, Janja!”, escreveu.
Entenda o decreto
A nova estrutura regimental do GPPR determina que o órgão também deve “apoiar o cônjuge do presidente da República no exercício das atividades de interesse público”. O gabinete é chefiado por Marco Aurélio Santana Ribeiro, ex-assessor político de Lula.
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O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido na Câmara, protocolou um projeto para derrubar o decreto, alegando que Lula estaria tentando “ampliar os poderes da primeira-dama” e “promover sua imagem junto ao eleitorado da esquerda”.
Regras e transparência
Vale lembrar que, em abril, a Advocacia-Geral da União (AGU) já havia publicado um parecer estabelecendo regras de publicidade e transparência sobre viagens e gastos de Janja. A medida determinou ainda que a agenda da primeira-dama deve ser divulgada publicamente, salvo em casos que envolvam segurança ou privacidade.
Com isso, o governo reforça que todas as ações seguem dentro da legalidade e com prestação de contas oficial.






