
Um homem de 60 anos precisou ser internado nos Estados Unidos após desenvolver uma condição rara, após seguir orientações equivocadas por meio do ChatGPT. O caso, que chamou a atenção da comunidade médica, está no periódico científico Annals of Internal Medicine na última semana. Segundo o artigo, a situação ocorreu depois que o paciente decidiu seguir uma recomendação dietética que inteligência artificial sugeriu.
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O homem apresentou bromismo, uma intoxicação provocada por brometos. Atualmente, trata-se de uma condição incomum, mas, no passado, já foi responsável por várias internações psiquiátricas devido aos sintomas que pode causar, como alucinações. Quando chegou ao hospital, ele demonstrava crises de paranoia, acreditando que o vizinho estava tentando envenená-lo e que a água filtrada de sua casa estava contaminada.
Equipe médica faz diagnóstico de doença rara em paciente
No início, a equipe médica suspeitou de um transtorno psiquiátrico e encaminhou o paciente para uma ala específica. Entretanto, após receber reposição de minerais e vitaminas que estavam em níveis extremamente baixos, ele recuperou o estado normal e relatou aos médicos a verdadeira origem do problema. Contou que leu sobre possíveis efeitos nocivos do cloreto de sódio e decidiu buscar alternativas no ChatGPT. Como resposta, recebeu a orientação de substituí-lo por brometo.
Paciente seguiu recomendações dada pelo ChatGPT
Seguindo essa recomendação, o homem manteve o uso do brometo por cerca de três meses, o que acabou provocando a intoxicação grave. Foram necessárias três semanas de internação para que os níveis da substância em seu organismo voltassem ao normal e os sintomas desaparecessem completamente.
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No artigo, os médicos responsáveis — Dra. Audrey Eichenberger, Stephen Thielke e Adam Van Buskirk — alertaram para os riscos de utilizar informações que as inteligências artificiais fornecem, sem validação profissional. Eles reforçaram que, embora essas ferramentas possam ser úteis, decisões que afetam diretamente a saúde devem sempre passar pela avaliação de especialistas.
Colaborou: Reginaldo Lemos






