
Irmão da ex-primeira-dama do Brasil Michelle Bolsonaro, Diego Torres foi exonerado de seu cargo no governo de Tarcísio de Freitas na última quarta-feira, dia 26 de novembro. O cunhado de Jair Bolsonaro trabalhava na administração pública estadual desde o ano de 2023, atuando na função de confiança de assessor especial do governador do estado de São Paulo no Palácio dos Bandeirantes.
Até o momento de seu desligamento, Diego Torres era tido nos bastidores políticos como um dos auxiliares mais próximos do chefe do Executivo paulista. Em sua rotina de trabalho, o agora ex-servidor ficava responsável, principalmente, pela articulação e interlocução com os deputados da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), além de atuar como uma ponte institucional direta com o clã do ex-presidente da República.
De acordo com informações apuradas pelo Estadão, Diego Torres teria dito a pessoas próximas que a decisão pela saída do cargo estaria relacionada diretamente com a vontade de tocar projetos pessoais. O irmão de Michelle Bolsonaro pretenderia focar os seus esforços, a partir deste momento, em iniciativas voltadas para a área da comunicação, setor no qual deseja investir o seu tempo.
Além disso, o aliado de Tarcísio de Freitas estaria totalmente alinhado a auxiliar o político do partido Republicanos em sua campanha de governo para as eleições do próximo ano. Dessa forma, Diego Torres negaria a existência de qualquer tipo de desgaste pessoal ou administrativo com o governador, mantendo a parceria política firme para os próximos desafios eleitorais.
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Segundo relatos da referida fonte, Diego Torres já teria cogitado, em outras ocasiões anteriores, deixar a estrutura do governo, alegando estar cansado da pesada rotina da gestão pública. Assim, o irmão de Michelle Bolsonaro teria avaliado que agora, com a chegada do fim do ano, seria o momento ideal e oportuno para concretizar o seu afastamento das funções oficiais.
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Nesse contexto, um interlocutor teria dito à imprensa que, nesta nova fase, o ex-assessor especial também precisaria dar um apoio mais intenso à sua irmã. Com a saída do governo paulista, Diego Torres passaria a ter maior liberdade de agenda para contribuir com a eventual campanha de Michelle Bolsonaro, seja como senadora pelo Distrito Federal ou em uma chapa presidencial, como candidata principal à presidência da República ou vice-presidente.






