
Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente do Brasil, permanece sob observação no hospital DF Star, em Brasília, após apresentar forte mal-estar na noite de terça-feira (16). Em entrevista coletiva na porta do hospital, o senador Flávio Bolsonaro (PL/RJ) detalhou que seu pai sofreu uma crise de soluços que evoluiu para vômitos intensos, queda de pressão e um episódio em que ficou cerca de 10 segundos sem conseguir respirar.
Segundo Flávio, os sintomas se agravaram em casa, quando Bolsonaro passou a sentir falta de ar e tontura, sendo socorrido pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. No hospital, ele recebeu hidratação venosa e foi submetido a uma série de exames, permanecendo apenas com dieta líquida e pastosa.
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Na entrevista coletiva, Flávio revelou que seu pai ficou vários momentos sem conseguir respirar: “Tô lá quase todo dia e percebo essa questão do soluço dele que evolui, e como hoje foi um episódio mais drástico, em que o soluço dele foi aumentando, ele quando às vezes pela repetição disse que trava o diafragma. Teve um episódio de vômito a jato, com força, ficou quase 10 segundos sem respirar. O jeito que ele conseguiu de aliviar e voltar a respirar foi fazendo isso, com vômito forte, tontura e pressão muito baixa“, contou.
E completou: “Graças a Deus a Michelle tava lá perto dele e conseguiu rapidamente trazer pra cá. Está estável mas não está com a cara boa. Bastante desidratado. Não falei com médico nenhum, mas o que ele me disse é que vai precisar passar a noite em observação aqui no hospital”, disse o senador.
Atentando em 2018
Ainda de acordo com Flávio, o quadro atual do pai é reflexo do atentado sofrido em 2018, durante a campanha presidencial, e também de fatores psicológicos relacionados à sua condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e à prisão domiciliar.
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O senador disse que Bolsonaro tem aparência debilitada, sinais de desidratação e segue fisicamente fragilizado. “Todo momento que vou conversar com ele repetidamente desabafa reclamando com relação com o que aconteceu nesse linchamento que sofreu no STF, se defendendo: ‘O que tenho a ver com o 8 de janeiro? Não é possível, esses caras não conseguem enxergar? Eu estava fora do Brasil! Não admito estar respondendo por isso, não tem nada meu’. É uma reação normal de uma pessoa que está indignado e sabe que é inocente”, descreveu.
O político ainda contou que o pai estava estável, mas sem nenhum expecto de alegria: “Não estava com aspecto de felicidade, tá com aspecto de cansado. Bastante desidratado e por isso que já foi uma bolsa de soro e não sei se entrará mais alguma agora. Fará os exames de rotina e se Deus quiser volta pra casa amanhã”, finalizou o senador.






