A vida é cheia de grandes personagens e Cena Aberta pretende mostrar como a história de cada pessoa pode render uma boa obra de ficção. A coletiva de apresentação da série à imprensa foi realizada nesta segunda-feira, dia 10, no restaurante Ao Passo, na Sociedade Hípica Brasileira, na zona Sul do Rio de Janeiro, e contou com a presença de Jorge Furtado, Guel Arraes e Regina Casé, os três idealizadores do projeto.
A idéia do programa, que estréia no dia 18 de novembro após o Casseta & Planeta, Urgente!, é contar uma história de ficção e revelar simultaneamente o processo de produção da mesma, misturando-a com documentário e juntando pessoas anônimas com atores consagrados. A série é composta por cinco episódios, três dos quais já foram gravados, e é resultado de uma co-produção entre a TV Globo e a produtora Casa de Cinema de Porto Alegre.
Guel Arraes classificou Cena Aberta como uma “máquina de contar histórias” e como um grande desafio em sua carreira. “Há muito tempo eu não me sentia tão desafiado”, revelou. Em cada episódio, anônimos participam tanto na parte documental quanto nas cenas de ficção. Regina Casé considera que “este aspecto é muito realizador”. “Há uns 15 anos busco isso. Em geral, as pessoas estão muito disponíveis e prontas para atuar, não é à toa que o verbo 'interpretar', em outras línguas, é o mesmo usado para 'brincar'”.
Furtado explicou que o trio considera que a história original de cada episódio é o guia para o documentário. “Nós devolvemos a história para suas origens, para sua realidade. Para escrever A Hora da Estrela, por exemplo, a escritora Clarice Lispector foi à Feira de São Cristóvão, no Rio, ouvir as histórias das meninas nordestinas. Então nós fomos lá também. Já fiz mais de 30 adaptações de obras literárias e esta forma de fazer é a que mais respeita o texto do autor”, disse diretor e também roteirista de Cena Aberta.
Também os atores participam da parte ficcional e da documental. Wagner Moura e Ana Paula Bouzas estão em A Hora da Estrela, Carolina Dieckmann e Lázaro Ramos em Negro Bonifácio, e Luiz Carlos Vasconcelos em As Três Palavras Divinas. Folhetim, episódio que começa a ser gravado esta semana, tem participação de Márcio Garcia. “Para este episódio e o próximo, estamos mais atentos ainda às possibilidades que o documentário nos abre”, disse Furtado.
