
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (22), em conferência realizada na sede da ONU, em Nova York, que a situação na Faixa de Gaza deve ser descrita como “genocídio”. O encontro reuniu autoridades internacionais para discutir a proposta de coexistência pacífica entre os dois Estados – Israel e Palestina.
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Durante sua fala, Lula mencionou relatório da comissão de inquérito sobre os territórios palestinos ocupados, destacando que o documento já havia apontado a gravidade do cenário. “Não há palavra mais apropriada para descrever o que está ocorrendo em Gaza do que genocídio”, declarou o presidente.
Ele também se pronunciou sobre os ataques cometidos pelo Hamas, que classificou como “inaceitáveis”, reiterando que o Brasil condena de forma clara tais ações. No entanto, ressaltou que a resposta de Israel não pode ultrapassar os limites do direito internacional: “O direito de defesa não autoriza a matança indiscriminada de civis”, disse.
O presidente acrescentou ainda que os efeitos da guerra vão além da destruição material e das mortes. Para ele, o conflito ameaça diretamente a perspectiva de autodeterminação dos palestinos. “O que está acontecendo em Gaza não é só o extermínio do povo palestino, mas tentativa de aniquilamento do seu sonho de nação”, afirmou.
A intervenção de Lula chamou a atenção dos líderes presentes, reforçando a posição do Brasil de defesa de soluções diplomáticas e do respeito aos direitos humanos. O discurso se somou a outros apelos feitos na ONU por países que pedem uma saída pacífica para a escalada da violência.
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Com essa declaração, o Brasil reafirma seu papel ativo nos fóruns multilaterais e busca manter diálogo constante sobre o futuro da região, defendendo a construção de caminhos que permitam convivência e segurança para israelenses e palestinos.
Colaborou: Joaquim Mamede






