
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou na manhã deste domingo (07) do tradicional desfile de 7 de setembro, ao lado de ministros e autoridades de seu governo. Neste ano, o governo usa a data para reforçar a mensagem de soberania nacional e patriotismo, em contraponto direto à narrativa bolsonarista e em meio às reações ao tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Os ministérios foram enfeitados com cartazes com os dizeres “Brasil Soberano” e “Governo do Brasil do lado do povo brasileiro”. O slogan “Brasil Soberano” também ilustrou os bonés que foram distribuídos pela Secretaria de Comunicação.
Entre os presentes no palanque estão nomes de partidos que formalizaram na última semana a saída da base aliada, como União Brasil e Progressistas. A presença de André Fufuca (Esportes), Waldez Goés (Integração e Desenvolvimento Regional) e Frederico Siqueira Filho (Comunicações) é vista pelo Planalto como um sinal de que, apesar do desembarque formal, parte da cúpula segue alinhada à agenda do governo.
Antes do desfile, o governo lançou uma música que exalta o patriotismo, cantada pela ministra Margareth Menezes. A canção conta com os versos “Bate forte coração, orgulho verdadeiro/ É o governo do Brasil, do povo brasileiro”, e embala o ato.
Na liturgia militar da cerimônia, a presença do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, é central. Ao lado dele, estão também Gleisi Hoffmann, Camilo Santana, Marina Silva, Rui Costa, Celso Sabino, Jader Filho, Anielle Franco, Ricardo Lewandowski, Alexandre Padilha, Simone Tebet e o vice-presidente Geraldo Alckmin, reforçando o núcleo político próximo ao presidente.
As comemorações incluem projeções luminosas na Esplanada, exaltando “a força do povo brasileiro” e vinculando a Independência à imagem de um país soberano.
Governo anterior
O contraste com o governo anterior também é explorado. Jair Bolsonaro (PL), que politizou os atos com discursos e manifestações, cumpre prisão domiciliar e é julgado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe de Estado. O processo envolve outros 7 réus e pode se estender até 12 de setembro.






