
O treinador Vanderlei Luxemburgo quebrou o silêncio ao falar que o ego atrapalha Neymar. Em entrevista neste último sábado, 16 de agosto, ele fez declarações contundentes sobre o craque do Santos. Além disso, o técnico ainda abordou o futuro da seleção brasileira e fez uma análise crítica sobre a estrutura do futebol brasileiro e o papel do atleta como potencial protagonista em uma Copa do Mundo.
Em entrevista para o programa ‘De jogador para jogador’, Luxemburgo declarou: “Não vejo o Brasil ganhando se não mudar a estrutura do futebol brasileiro. Tínhamos Cafu, Roberto Carlos, Ronaldinho, Rivaldo e Ronaldo. Esses cinco jogadores decidiram a Copa do Mundo. Quem hoje pode decidir? O único que poderia ajudar seria o Neymar, desde que ele coloque na cabeça que é um jogador de nível de Copa do Mundo. Se não colocar, não adianta”, afirmou.
+ Escritor Luis Fernando Verissimo é internado em estado grave
A declaração evidencia a preocupação do treinador com a maturidade e a postura do atacante em momentos decisivos. Luxemburgo ainda destacou o talento individual do jogador, mas criticou sua reação a cobranças externas.
“Com 50%, ele joga mais do que qualquer um que está ali. Neymar tem um ego muito maior do que ele. O Santos foi o time do Pelé, a torcida vaiou o Pelé, cobrou E o Neymar não aceita ser cobrado por ninguém, porque o ego dele é maior. A reação que ele tem é de agredir e atacar quem fala que não é um jogador de qualidade. Ele pode receber críticas e tem que transformar isso em algo positivo para ele“, disse.
Comparação com Pelé
O treinador também traçou paralelos históricos para justificar sua visão. “Ele com 50% jogaria a Copa do Mundo. Pelé só foi ser o Pelé em 1970. Em 1958 e 1962, quem ganhou a Copa foi o Garrincha. Quanto mais maduro, melhor. Basta ele querer. Agora, ele é milionário, acha que está acima do bem e do mal e não aceita crítica”, complementou, reforçando que a genialidade de Neymar precisa vir acompanhada de disciplina e foco em momentos-chave.
+ Morre Terence Stamp, ator de grande sucesso mundial, aos 87 anos






