Jardete de Freitas, moradora de Registro, interior de São Paulo, busca o irmão que foi adotado há 58 anos para realizar o último desejo da mãe, Amélia, de 82 anos, que está debilitada e ja nem anda e nem fala.
De acordo com o G1, segundo Jardete, a mãe revelou que gostaria de reencontrar o filho, Adauto Lemos Ribeiro, quando passou a enfrentar problemas de saúde.
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Adauto foi dado para adoção, logo após nascer, em 1967, para um casal que morava na mesma rua da família, em Jacupiranga. Na época, Amélia estava sozinha, por motivos de separação de seu marido, pai de Adauto.
A irmã tenta localizar Adauto há 3 anos, mas só sabe que a família adotiva viveu em Cajati e que os pais adotivos já faleceram. O irmão mais velho, Leonel, chegou a ver Adauto cerca de 10 anos após a adoção, mas a mãe adotiva não permitiu que ele soubesse da origem biológica. Desde então, nenhum outro contato foi feito.
Jardete diz que não conhece sequer o rosto do irmão, pois ainda não era nascida, e já tentou buscar informações em escolas, hospitais e delegacias, mas sem autorização, não conseguiu acesso a documentos. Mesmo assim, ela não desiste. Para ela, encontrar Adauto pode trazer paz à mãe: “Acho que ela está esperando esse reencontro para descansar“.
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O advogado Ariel de Castro Alves explica que, antes da criação do Estatuto da Criança e do adolescente, em 1990, era comum a chamada “adoção à brasileira”, quando crianças eram entregues diretamente a outras famílias sem mediação da Justiça. Hoje esse tipo de entrega é ilegal e pode gerar punições.
Colaborou: Jackson Borges
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