
Morreu aos 75 anos, na manhã desta sexta-feira (05), Silvio Tendler, considerado um dos maiores documentaristas do Brasil. Ele lutava há cerca de 10 anos contra uma neuropatia diabética, doença caracterizada por prejudicar o sistema nervoso.
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Devido à sua importância, recebeu o apelido de “cineastas dos sonhos interrompidos”. Ao longo de sua carreira, trabalhou em produções como “Jango” (1980), “Os Anos JK – Uma trajetória Política” (1980) e “Tancredo, A Travessia” (2011), sua “Trilogia Presidencial”.
Tendler se dedicava a criar obras tendo como inspiração figuras como Castro Alves, JK, Carlos Marighella, Oswaldo Cruz, Leonel Brizola e Tancredo Neves. Suas criações ganharam notoriedade no cenário nacional alcançando milhões de expectadores.
Mais sobre Silvio Tendler
Silvio Tendler nasceu no Rio de Janeiro. Em 1968, tornou-se presidente da Federação de Cineclubes do Rio. Foi no mesmo ano que ele gravou o documentário sobre a Revolta da Chibata.
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Iniciou os estudos no curso de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, abandonando a faculdade para se dedicar a uma grande paixão – o cinema. Em 1970, mudou-se para o Chile, trabalhando na Chilefilms.
Dois anos depois, foi para a França, fazendo uma Especialização em Cinema Documental aplicado às Ciências Sociais, no Musée Guimet. Retornou ao Brasil apenas em 1976, trabalhando em seu primeiro longa intitulado “Os Anos JK – Uma Trajetória Política”.
No centenário de JK, em 2003. Silvio recebeu a Medalha Juscelino Kubitschek do Ministério da Cultura, sendo ainda condecorado em 2006 pelo então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, à Ordem de Rio Branco no grau de Oficial suplementar por mérito cinematográfico.
O documentarista deixou uma marca com suas produções, fazendo jus ao apelido de “o cineasta dos vencidos”, como era chamado por sua dedicação ao cinema e obras de figuras conhecidas no Brasil.






