
O general Augusto Heleno, preso na última terça-feira após ser condenado a 21 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado, solicitou durante audiência de custódia que toda a documentação sobre sua saúde ficasse sob sigilo no processo de execução penal do Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido surgiu depois que ele informou ter sido diagnosticado com Alzheimer em 2018, conforme exame médico realizado no Comando Militar do Planalto, em Brasília, local onde está detido.
Doença de Alzheimer é citada nos autos
Durante a audiência realizada na última quarta-feira, o militar declarou que possui doenças crônicas e faz uso de medicamentos regularmente. Segundo os autos, ele informou: “Refere ser portador de Demência de Alzheimer em evolução desde 2018, com perda de memória recente importante, prisão de ventre e hipertensão, em tratamento medicamentoso”. Além disso, sua defesa pediu que gravação e ata da audiência também ficassem sob sigilo “para preservar os dados de saúde do depoente”. A juíza responsável afirmou que o tema será submetido ao relator do processo, o ministro Alexandre de Moraes.
Exame aponta estado geral estável
O exame de corpo de delito, inicialmente público, também foi alvo de pedido de sigilo por parte de Heleno. Apesar das aparentes queixas, como dor nas costas, a médica descreveu o preso como “alerta e com sinais vitais regulares”, com aparência compatível à idade e “estado emocional estável”. Ele permanece detido no Comando Militar do Planalto — uma unidade destinada a oficiais de alta patente — conforme determina o regulamento para militares no topo da carreira.
Condenação definitiva e início do cumprimento de pena
Heleno presidiu o Gabinete de Segurança Institucional do Brasil (GSI) de 2019 a 2022 e foi condenado junto com Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado e outros crimes graves. Na última terça-feira, o ministro relator decretou o trânsito em julgado da ação penal — ou seja, não há mais possibilidade de recursos — e determinou que os envolvidos começam a cumprir pena imediatamente. Com isso, o pedido de sigilo nos autos e o exame de saúde passam a integrar o processo de execução penal.
O que diz a primeira pesquisa presidencial após a prisão de Bolsonaro
A nova pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta terça-feira (25), movimentou o cenário político nacional ao apresentar os primeiros números coletados parcialmente depois da prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. A detenção, determinada no último sábado (22) pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, trouxe forte impacto ao debate sobre a sucessão presidencial de 2026. Ainda assim, os dados mostram que… LEIA MAIS!






