
A decisão do governo Donald Trump de recuar na aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes repercutiu negativamente nos bastidores do bolsonarismo. Entre aliados do PL, o entendimento predominante é que o desfecho representa um revés direto para o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e para a articulação conduzida por ele em solo americano, enfraquecendo a narrativa construída nos últimos meses.
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Em conversas reservadas, dirigentes e parlamentares do partido classificaram o resultado como “péssimo” e frustrante. Um deputado influente resumiu o sentimento ao afirmar que Trump teria agido apenas por conveniência própria. Para esse grupo, o ex-presidente americano utilizou um discurso de defesa da democracia e da liberdade para justificar a sanção, mas recuou rapidamente, evidenciando que a medida estava ligada a interesses estratégicos e comerciais dos Estados Unidos.
Frustração e críticas internas
Entre aliados, há a avaliação de que a sanção poderia ter sido mantida por mais tempo como sinal político, especialmente após a condenação definitiva de Jair Bolsonaro. O recuo, segundo parlamentares, reforçou a percepção de isolamento do ex-presidente em um momento considerado delicado para sua base política.
A insatisfação também foi expressa publicamente. O deputado Bibo Nunes (PL-RS) afirmou estar decepcionado com a decisão. Para ele, após declarações duras contra Alexandre de Moraes, a retirada da Lei Magnitsky causou surpresa negativa entre apoiadores.
Contexto da decisão americana
Alexandre de Moraes havia sido incluído na lista de sancionados em julho, no mesmo dia em que Trump anunciou tarifas sobre exportações brasileiras. À época, o governo americano citou a atuação do ministro em processos ligados à trama golpista como justificativa para a medida.
Nos bastidores do PL, embora se reconheça que o recuo não altera a visão dos EUA sobre Moraes, a leitura é de que a decisão encerra qualquer expectativa de pressão internacional efetiva contra o magistrado.
Discurso público e contenção de danos
Publicamente, lideranças do partido adotaram um tom mais cauteloso. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, afirmou que Trump sempre atuou priorizando interesses americanos. Já a senadora Damares Alves manteve críticas ao ministro do Supremo, minimizando o impacto da decisão.
Eduardo Bolsonaro e o influenciador Paulo Figueiredo divulgaram nota conjunta lamentando o recuo, mas agradeceram o apoio de Trump, afirmando que continuarão atuando politicamente no exterior.
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