
Nesta última última terça-feira (09/12), os representantes legais de Jair Messias Bolsonaro (PL) entregaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido. Em suma, os advogados querem que o ex-presidente deixe a unidade da Polícia Federal (PF), em Brasília, para a realização de duas intervenções cirúrgicas.
O documento, direcionado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), também solicita que o ex-presidente volte à prisão domiciliar. Vale lembrar que o político está cumprindo pena desde novembro deste ano. Ele condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pelo crime de tentativa de golpe de estado.
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Defesa pede liberação de Bolsonaro para internação e realização de dois procedimentos cirúrgicos
Os advogados de Bolsonaro descrevem que Bolsonaro precisa ser passar por algumas cirurgias e ficar no hospital de 5 a 7 dias. Por isso, eles pedem autorização para levá-lo ao hospital “DF Star”, em Brasília, e mantê-lo ali pelo tempo indicado pela equipe médica.
Um dos procedimentos está relacionado aos episódios de soluços persistentes do ex-mandatário. A condição se tornou frequência depois que médicos submeteram Bolsonaro às operações abdominais feitas após a facada de 2018.
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De acordo com o texto, como o uso de remédios e orientações clínicas não trouxe melhora, os médicos sugerem uma intervenção para bloquear o nervo frênico. Este é responsável por comandar o ritmo do diafragma. O objetivo é reduzir o movimento repetitivo que desencadeia os soluços.
A segunda cirurgia, de acordo com a defesa, é voltada à correção de uma hérnia inguinal unilateral. Trata-se da saliência de uma parte do conteúdo abdominal, geralmente intestino ou gordura, através de um ponto fraco na parede abdominal. Este é localizado na região da virilha.
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Os representantes legais de Bolsonaro afirmam, no mesmo pedido, que o Supremo não analisou com a devida atenção o estado clínico do ex-presidente.
No dia 21 de novembro, eles apresentaram um pedido de caráter humanitário para que Bolsonaro retornasse à prisão domiciliar, mas a solicitação perdeu efeito no dia seguinte, quando o tribunal decretou a prisão preventiva do ex-chefe de Estado.
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Segundo a defesa, os relatórios, laudos e exames recentes mostram um conjunto de problemas de saúde que, segundo eles, tornaria inviável a permanência de Bolsonaro em regime fechado. Os representantes também citaram a idade avançada do político, que tem 70 anos.
Relatório descreve série de problemas respiratórios, digestivos e cardiovasculares
A petição cita as seguintes patologias do ex-presidente: “infecções pulmonares recorrentes, esofagite grave, gastrite e doença do refluxo gastroesofágico com risco aspirativo.” Além disso, o marido de Michelle também sofre de “hipertensão arterial, ateromatose coronariana, estenose de carótidas, apneia do sono grave e neoplasias cutâneas, recentemente diagnosticadas e tratadas.”
O documento menciona ainda “aderências intestinais extensas, perda de parte significativa do intestino grosso, risco de obstruções súbitas, hérnias residuais e limitações funcionais importantes.“. Inclusive, os advogados falaram de “risco cardiovascular evidente” que demanda a “prática de exercícios físicos moderados“, o que seria “absolutamente inviável em contexto de encarceramento“.
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Defesa nega intenção de fuga e atribui incidente da tornozeleira a confusão medicamentosa
A defesa também contesta que a quebra da tornozeleira eletrônica, fato que embasou a prisão preventiva, tenha sido uma tentativa de fuga. Os profissionais afirmam que o episódio ocorreu durante um momento de desorientação causado pela combinação de remédios que Bolsonaro tomava.
Segundo o relato, Bolsonaro acreditou que havia um equipamento de escuta dentro do dispositivo e tentou apenas abrir a parte superior do módulo, sem intenção de rompê-lo. “Esse quadro mostra, por si só, a seriedade e delicadeza do quadro de saúde narrado.“, argumentou a defesa.
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Vigília convocada por Flávio Bolsonaro é contestada como suposta estratégia de distração
Anteriormente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocou a vigília de oração e Moraes apontou como possível tentativa de criar uma distração. A defesa, porém, refutou essa interpretação. Os representantes legais afirmam que o encontro ocorreu a quase 1km da residência de Bolsonaro e que reuniu só 100 pessoas. Ou seja, isso seria insuficiente para encobrir uma fuga do ex-presidente.
Filho de Bolsonaro denuncia maus-tratos ao pai na prisão
Recentemente, Flávio Bolsonaro mencionou que a família recebe poucas informações sobre o cotidiano de Jair dentro da prisão. “A gente não tem muita informação em tempo real.“, afirma. Na sequência, o senador denunciou: “O tratamento que é dado a ele não se dá nem a traficante e… LEIA MAIS!






