
O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, nesta segunda-feira, que o pai, Jair Bolsonaro, não deve antecipar qualquer decisão sobre a disputa presidencial de 2026, mesmo diante das pressões para indicar um “herdeiro político”. As declarações foram dadas em entrevista à CNN Brasil.
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Nos bastidores, Carlos revelou que pretende se encontrar com o pai nos próximos dias, destacando que a conversa será em tom pessoal. Segundo ele, os alinhamentos políticos devem ficar sob responsabilidade do irmão, Flávio Bolsonaro.
— “Eu não sou o meu pai. O Flávio tem um acesso político muito mais maduro com ele do que eu. Pelo que eu sei, não há uma possibilidade de você chegar para o povo e trair o povo dessa maneira. Não é trair o povo, mas passar o legado para outra pessoa que não esteja totalmente alinhada a seus propósitos. Um dia de cada vez. Temos tempo até o ano que vem para que isso não aconteça” — disse Carlos.
Visitas restritas e denúncia de pressão
Autorizado a visitar o pai por ordem alfabética na lista de visitantes da Polícia Federal, o vereador criticou o que chamou de dificuldade de acesso e apontou suposta pressão psicológica contra o ex-presidente.
— “Não permitem mais a gente ter acesso a ele. Acredito que seja um caso crescente de pressioná-lo para que, de alguma maneira, ele abra mão do seu capital político. Ele está a mercê dessa nova fase de tortura para que passe o seu espólio para outro possível candidato” — afirmou.
Confiança na volta de Bolsonaro em 2026
Mesmo com Jair Bolsonaro inelegível, Carlos Bolsonaro disse acreditar em uma reviravolta jurídica.
— “Acredito até o fim que a Justiça vai ser feita, que algo pode acontecer e o presidente Bolsonaro retorne em 2026. Isso não vai ser mudado em curto prazo, eu tenho certeza disso”.
Críticas ao vazamento do vídeo da tornozeleira
O vereador também criticou a divulgação do vídeo que mostra a tornozeleira eletrônica com marcas de queimadura.
— “Você vê vídeos vazando que eram para ser sigilosos. Por exemplo, o da tornozeleira ali. Se eu vazar um vídeo do que aconteceu, do que tem acontecido com o meu pai lá em casa, sabe o que acontece? A desproporcionalidade é gigantesca”.
Preocupação com a saúde do ex-presidente
Por fim, Carlos Bolsonaro desabafou sobre o temor de perder o pai.
— “Uma crise de soluços, bronco-aspirando, você não tendo ninguém ao lado dele, ele pode muito bem vir a falecer” — disse, afirmando estar com “os nervos à flor da pele o tempo inteiro”.
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