
Neste último domingo (07/12), a TV Record exibiu uma conversa com Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Durante a entrevista, o senador comentou que pode deixar de lado o plano de disputar a Presidência em 2026, mas com uma condição.
Senador condiciona permanência na disputa à participação eleitoral de Jair Bolsonaro
Logo a princípio, Flávio explicou que só abriria mão da corrida ao Planalto caso o pai, Jair Bolsonaro (PL), tivesse liberdade para participar das eleições.
O senador já havia mencionado, em outra ocasião, que poderia repensar a candidatura, dizendo que isso dependeria de um “preço”. Após participar de um encontro religioso em Brasília, ele afirmou que negociaria sua saída dessa disputa: “Olha, tem uma possibilidade de eu não ir até o fim. Eu tenho preço para isso. Eu vou negociar. (…).“, disse ele.
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Flávio diz que “preço” para desistir é ver o pai livre para circular em campanha
Na entrevista ao canal, Flávio esclareceu o que chamou de “preço”: “É justiça. E não é só justiça comigo, é justiça com quase 60 milhões de brasileiros que foram sequestrados e estão dentro de um cativeiro, nesse momento, junto com o presidente Jair Messias Bolsonaro. Então, óbvio que não tem volta. A minha pré-candidatura à Presidência da República é muito consciente.“, afirmou.
Posteriormente, quando questionado se a anistia para o pai e outros condenados por atos golpistas bastaria para deixar a pré-candidatura, Flávio respondeu: “A única forma disso [desistência] acontecer é se Bolsonaro estiver livre, nas urnas. Caminhando com seus netos, filhos de Eduardo Bolsonaro, pelas ruas de todo o Brasil. Esse é meu preço.“, pontuou.
Assista:
Meu preço é @jairbolsonaro LIVRE e na URNA. Ou seja, não tem preço!!!! pic.twitter.com/U84bpS7KkQ
— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) December 8, 2025
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Pesquisa projeta cenário desfavorável para Flavio, mas senador reforça plano de ampliar forças na Câmara e no Senado
Pesquisas recentes do Datafolha mostram Flávio atrás do presidente Lula (PT) em um cenário de 2º turno, com 36% das intenções de voto contra 51% do petista. Em uma simulação contra Tarcísio de Freitas, o atual presidente do Brasil aparece na frente por 47% a 42%.
Mesmo assim, Flávio afirma que sua campanha tem força. Ele também rejeitou os levantamentos atuais e reforçou que sua prioridade é aumentar o número de aliados na Câmara e no Senado: “A Presidência da República para mim é a cereja do bolo apenas. O bolo são os deputados e senadores. Não adianta você sentar na cadeira de presidente da República se você não tiver a Câmara e o Senado.“, declarou.
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Tarcísio é tratado como peça-chave enquanto segue focado na reeleição em São Paulo
O senador mencionou ainda que Tarcísio de Freitas terá papel central na disputa nacional. O governador de São Paulo é o nome preferido do centrão para a corrida presidencial, por reunir apoio de diferentes partidos e, segundo líderes desse grupo, ter condições de enfrentar Lula com mais chances. Mesmo assim, Flávio disse que não espera que Tarcísio declare apoio público neste momento.
Na ocasião, o primogênito de Bolsonaro ainda lembrou que o governador afirmou repetidas vezes que pretende buscar outro mandato à frente do estado: “Ele [Tarcísio] foi absolutamente transparente e direto, ‘pode contar, estamos juntos’. Eu não vou ficar cobrando do Tarcísio que ele se manifeste publicamente porque ele já falou por várias e várias vezes que o objetivo dele é ser candidato à reeleição no Governo de São Paulo.”
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Filho de Bolsonaro diz que decisão só foi anunciada após consultas com aliados e avaliação do cenário
Flávio também contou que o pai já havia mencionado seu nome em quatro momentos diferentes: “Eu que, na verdade, segurei esse tempo todo. Falava: ‘pai, você tem que ter a convicção do que está fazendo’. Ele disse ter a convicção. O trabalho que eu fiz foi conversar com o máximo de pessoas que pude antes disso se tornar público. Foi da forma que tinha que ser.“, destacou por fim.
Flávio diz que o tratamento dado a Bolsonaro, na prisão, é pior que o de traficante
Recentemente, o “01” criticou o tratamento que Bolsonaro está recebendo na prisão. O político está detido na sede da Polícia Federal, em Brasília. “A gente não tem muita informação em tempo real. O tratamento que é dado a ele não se dá nem a traficante e…” LEIA MAIS!






