
A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira, a suspensão de seis meses do mandato de Glauber Braga (PSOL-RJ). A decisão veio um dia após o parlamentar ocupar a cadeira da Presidência e impedir o andamento da sessão por quase uma hora — gesto que desencadeou forte reação entre aliados e opositores.
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Até o início da tarde, a cassação parecia inevitável. Entretanto, uma articulação conduzida por parlamentares da base governista suavizou o desfecho, resultando em um destaque que reduziu a penalidade. A movimentação ocorreu em meio à crise institucional que atinge o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), fator determinante para o acordo intermediário.
“Saída honrosa” e clima de desgaste
Nos bastidores, deputados afirmaram que a suspensão funcionaria como uma solução menos traumática para Motta, evitando o risco de derrota em plenário. Apenas PL e Novo votaram contra o acordo, que encerra meses de tensão envolvendo o processo disciplinar — período em que Glauber chegou a aderir a uma greve de fome.
Durante os 25 minutos de defesa, o deputado manteve o tom crítico: afirmou que “o Congresso é inimigo do povo” e reiterou que continuará denunciando práticas que considera irregulares, incluindo o orçamento secreto. Ele ainda acusou Motta de tentar associar seu caso ao da deputada Carla Zambelli (PL-SP), cujo processo será votado em seguida.
Origem do processo
O processo disciplinar teve início após um episódio de abril de 2024, quando Glauber foi acusado de chutar o militante do MBL Gabriel Costenaro durante uma discussão. A confusão avançou pelos corredores e foi interrompida pela Polícia Legislativa. O deputado afirma ter reagido a provocações e xingamentos.
Tumulto na véspera
Na terça-feira, ao saber que a votação seria realizada, o parlamentar subiu à Mesa Diretora, sentou-se na cadeira presidencial e recusou-se a sair. A ação provocou empurra-empurra, corte no sinal da TV Câmara e retirada de jornalistas. Glauber foi removido à força, deixando o plenário gritando que não seria calado.
O episódio intensificou críticas a Hugo Motta, com deputados da base e da oposição questionando sua condução da crise e a decisão de acionar a Polícia Legislativa.
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