
Neste sábado (22/11), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou que a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro se manifeste, em até 24h, sobre a violação da tornozeleira eletrônica dele, segundo o jornal O Globo.
PF aponta risco de fuga após movimentação convocada por Flávio Bolsonaro
Em suma, a ordem de prisão partiu de um pedido da Polícia Federal (PF). A princípio, os investigadores disseram que a movimentação de apoiadores, convocados pelo senador Flávio Bolsonaro, aumentou a tensão no condomínio onde o Jair Bolsonaro mora.
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Para a PF, esse ambiente poderia fugir do controle. Também poderia abrir brechas para uma tentativa de fuga do ex-presidente. Moraes citou esse ponto de forma direta. Para ele, a chamada “vigília” poderia dificultar o monitoramento das medidas impostas pela Justiça no local onde Bolsonaro estava.
“O conteúdo da convocação para a referida ‘vigília’ indica a possível tentativa da utilização de apoiadores do réu Jair Messias Bolsonaro. Em aglomeração a ser realizada no local de cumprimento de sua prisão domiciliar. Com a finalidade de obstruir a fiscalização das medidas cautelares e da prisão domiciliar.“, afirmou.
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Relato de Jair Bolsonaro sustenta tese de tentativa de fuga
Em seguida, o ministro também apontou outra questão: de madrugada, Bolsonaro tentou violar sua tornozeleira eletrônica. Inclusive, agentes que foram até a residência do ex-presidente ouviram do próprio a confirmação de que ele havia mexido no equipamento.
Moraes destacou que esse gesto indicaria intenção de aproveitar a movimentação externa para fugir: “A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho.”
PF mantém Bolsonaro preso até avaliação judicial prevista para este domingo
Por conta disso, Bolsonaro foi levado à Superintendência da Polícia Federal, onde deverá permanecer ao menos até domingo (23/11), quando ocorrerá a audiência de custódia, que serve para avaliar a legalidade da prisão preventiva.
Por fim, na segunda-feira (24/11) o caso entra em análise na Primeira Turma do STF, em uma sessão virtual extraordinária que deve estudar a decisão tomada por Moraes.
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