
No dia em que Jair Bolsonaro foi preso preventivamente, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) se movimentou discretamente nos bastidores, segundo informações do colunista Lauro Jardim, do ‘O Globo’. De acordo com a apuração, ele teve ao menos uma conversa com o ministro Gilmar Mendes e atuou para que o ex-presidente retornasse ao regime de prisão domiciliar, sustentando o argumento de que Bolsonaro não teria intenção de fuga.
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Além disso, aliados revelam que Tarcísio pretende visitar Bolsonaro nas próximas semanas. Antes da prisão, havia um encontro marcado para o dia 10 de dezembro, autorizado por Alexandre de Moraes, mas todos os compromissos foram suspensos após a mudança de regime.
Estratégia política e eleição de 2026
Paralelamente, o governador deve solicitar inclusão no rol de visitantes da superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Além das condições de saúde de Bolsonaro, a sucessão presidencial aparece como um dos temas centrais das conversas. Embora seja visto como principal nome do bolsonarismo para 2026, Tarcísio mantém o discurso público de que disputará a reeleição ao governo paulista.
Nos bastidores da Alesp, aliados afirmam que ele seguirá com os chamados “pés nas duas canoas”, tomando decisões com cautela enquanto acompanha pesquisas nacionais.
Clima de tensão entre aliados do ex-presidente
Conforme o blog da colunista Malu Gaspar, ministros do STF foram procurados por aliados de Bolsonaro antes da revelação de detalhes sobre a violação da tornozeleira. Segundo relatos, o episódio teria ocorrido em um momento de forte instabilidade emocional.
Um dos ministros descreveu a situação como “bizarra”.
Zema se manifesta e reforça discurso
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também comentou o episódio:
— “Vejo aquilo como uma situação extrema ali pelo que ele está vivendo. Mas que, hora alguma, e nós temos que deixar claro isso, ele tentou fugir. Até me parece um excesso. Você está em prisão domiciliar com pessoas vigiando a sua casa e ainda tem de colocar uma tornozeleira eletrônica”.
Decisão de Moraes acelerou desfecho
Antes do episódio, a expectativa no entorno de Bolsonaro era o início do cumprimento de pena de 27 anos e três meses. No entanto, o comportamento recente levou Alexandre de Moraes a determinar a prisão preventiva, por entender haver risco de fuga.
Enquanto isso, o cenário político da direita segue em alerta máximo.
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