
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, possui um decreto de exceção pronto para ser acionado caso os Estados Unidos ataquem o país, anunciou nesta segunda-feira a vice-presidente Delcy Rodríguez. A medida concede poderes especiais a Maduro para atuar em questões de defesa e segurança, caso haja uma “agressão” americana.
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Confira:
#ATENCIÓN La vicepresidenta de Venezuela, Delcy Rodríguez, anunció que Nicolás Maduro ya firmó el decreto para declarar estado de conmoción exterior y entrará en vigor si Estados Unidos ataca Venezuela.
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— ÚltimaHoraCaracol (@UltimaHoraCR) September 29, 2025
Crise militar no Caribe
Nos últimos dias, os Estados Unidos enviaram navios de guerra e tropas para o Caribe, aumentando a tensão entre os dois países. Além disso, ataques a barcos venezuelanos, que Trump afirma serem de narcotraficantes, intensificaram o clima de crise.
— “O que o governo dos Estados Unidos e o senhor da guerra Marco Rubio estão fazendo contra a Venezuela hoje é uma ameaça proibida pela Carta das Nações Unidas”, disse Rodríguez em Caracas. — “E se eles ousarem atacar nossa pátria, será emitido o decreto de comoção externa.”
Apesar do anúncio, uma fonte do governo informou à AFP que o decreto ainda não foi assinado por Maduro. Segundo o informante, o documento está pronto para ser acionado a qualquer momento.
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Alcance do decreto de comoção externa
Previsto na lei de estado de emergência venezuelana, o decreto permite a restrição temporária de direitos constitucionais, mobilização militar, imposição de toques de recolher e utilização de bens privados em situações emergenciais.
— “Existe uma Venezuela unida na defesa do nosso país, preparada para a defesa da Venezuela”, afirmou Rodríguez. — “Jamais entregaremos nossa pátria.”
Especialistas alertam que a medida é inédita e pode limitar direitos fundamentais, como processo legal e liberdade de pensamento. Uma vez assinado, o decreto precisa da aprovação do Parlamento e do Supremo Tribunal de Justiça, ambos controlados por chavistas.
Aprovado, o decreto entra em vigor imediatamente, com duração inicial de 90 dias, prorrogáveis por mais 90. Enquanto isso, os EUA analisam opções para atacar supostos narcotraficantes venezuelanos, mantendo o clima de tensão diplomática.
Colaborou: Joaquim Mamede






