
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve manter o veto de indulto de Natal deste ano: o perdão continuará excluindo todos os condenados por crimes contra o Estado Democrático de Direito.
A medida impede pela terceira vez consecutiva que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os réus envolvidos nas invasões do 8 de janeiro sejam beneficiados.
+ Futuro de Bolsonaro é exposto e causa alerta: ”Entre a vida e a morte’
A decisão está formalizada na minuta aprovada pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), que segue agora para a análise final do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.
Conforme interlocutores do Planalto, Lewandowski deve avaliar o documento já na próxima semana, antes que o texto final seja enviado para a assinatura do presidente Lula. A postura repete o critério adotado nas edições de 2023 e 2024 do indulto.
O que é indulto natalino, que foi vetado por Lula a Bolsonaro e réus de 8 de janeiro?
O indulto natalino é um perdão coletivo da pena, mas não é automático. Após a publicação do decreto presidencial, uma atribuição exclusiva do chefe do Executivo, os presos que se encaixam nos critérios precisam requerer judicialmente o benefício. Ele difere tanto da graça (perdão individual a uma pessoa específica) quanto das “saidinhas” (saídas temporárias concedidas por juízes em datas comemorativas).
As regras para o indulto coletivo costumam considerar o tempo de pena já cumprido. Em geral, condenados a até oito anos podem pleitear o perdão após cumprir 1/4 da pena (se não forem reincidentes) ou 1/3 (se reincidentes). Para penas entre oito e doze anos, exige-se o cumprimento de 1/3 (não reincidentes) ou metade (reincidentes).
Pessoas com doenças graves ou deficiência também são frequentemente incluídas. O processo é analisado pelo Ministério da Justiça antes de ser submetido à presidência.
+ Sorteio define jogos do Brasil na Copa do Mundo de 2026; conheça os adversários
Ministros de Lula veem em Flávio Bolsonaro um adversário “mais fácil” para 2026
Integrantes do primeiro escalão do governo Lula reagiram à definição de Jair Bolsonaro, que escolheu o filho, o senador Flávio Bolsonaro… LEIA MAIS!






