
A viúva de Jaguar, Celia Regina Pierantoni, celebrou a homenagem feita pela prefeitura do Rio ao artista na Rua da Carioca, no Centro. Desde o último dia 09, um pequeno trecho da emblemática via, no cruzamento com a Praça Tiradentes, ganhou o nome de Baixo Jaguar. O cartunista morreu aos 93 anos, no dia 24 de agosto.
“Acho que ele ficaria feliz se estivesse aqui para ver a placa com seu nome, achei muito interessante. Ele não era muito vaidoso com essas coisas, mas acredito que gostaria muito se estivesse aqui”, comemorou Celia.
Morre Jaguar, grande cartunista brasileiro, aos 93 anos
A escolha da Rua da Carioca tem um simbolismo particular. Foi ali, no número 59, que funcionou a última sede do lendário ‘ Pasquim’. Fundado em 1969 por Jaguar, Sérgio Cabral (1937-2024) e outros nomes importantes, o jornal ficou marcado com um símbolo de resistência à ditadura militar.

Célia conta que o marido gostava de frequentar os bares do bairro e dormia, às vezes, na própria redação. “A última sede do Pasquim ficava num prédio de quatro andares ali daquela rua, então era normal ele dormir por ali mesmo depois de ir em algum bar da região, principalmente o Bar Luiz”, lembrou.
Último desejo
Além da placa, outra homenagem ao cartunista deverá acontecer em breve. Isso porque, Jaguar pediu que suas cinzas fossem jogadas nos bares que mais gostava de frequentar.
Último pedido de Jaguar será atendido pela esposa
A viúva afirma que vai cumprir o último desejo do marido, mas revela que o plano está adiado por questões emocionais. “Separei o ‘Confesso que bebi’, que ele escreveu, e vou fazer a lista dos bares que mais gostava, mas não tive tempo de ver isso direito. Ainda sinto muito a sua falta toda vez que abro o livro”, lamentou.






