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Análise: Antes “queridinho”, Rodrigo Faro deixa a Record em sua pior fase

Antes prestigiado, o apresentador deixa a emissora em condições desfavoráveis

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André Santana
André Santana
Jornalista, escritor e produtor cultural, André Santana escreve sobre televisão desde 2005 e já passou por várias publicações especializadas, assinando críticas, análises e informações sobre TV e novelas.
Rodrigo Faro
Rodrigo Faro (Edu Moraes/Record)

Após 16 anos, Rodrigo Faro está de saída da Record. Apresentador e emissora decidiram não renovar o acordo que rendeu bons frutos às duas partes durante vários anos. Porém, ultimamente, a situação já não estava tão favorável para uma renovação.

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O rompimento, aliás, quase aconteceu dois anos atrás. No final de 2022, o contrato de Rodrigo Faro foi renovado com a Record após uma difícil negociação. Naquela época, inclusive, o canal já dava sinais de que não fazia mais questão de ter Faro em seu cast e chegou a conversar com Faustão, que estava na Band.

Os últimos dois anos não serviram para refrescar a situação. Rodrigo Faro deixa a Record em baixa no Ibope e longe do prestígio que um dia já teve. O apresentador, num passado não muito distante, era o “queridinho” da emissora e desejado pelos concorrentes. Um cenário bem diferente do atual.

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Auge

Rodrigo Faro foi contratado pela Record em 2008, após um longo período atuando em novelas na Globo. Inicialmente, Faro fechou com o canal para assumir o comando de Ídolos. Porém, com a saída de Márcio Garcia rumo à Globo, o artista assumiu também o comando de O Melhor do Brasil.

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A atração, exibida nas tardes de sábado, já alcançava bom resultado com Márcio Garcia. Porém, sob o comando de Rodrigo Faro, O Melhor do Brasil cresceu ainda mais. O apresentador caiu nas graças do público com seu jeito gaiato e sem medo de pagar mico em cena.

Tanto que ele transformou o quadro Vai Dar Namoro, que já existia com Márcio Garcia, num sucesso ainda maior ao incrementá-lo com o “Dança Gatinho”. Nessa fase, Rodrigo Faro chegou a incomodar a Globo, tamanho o êxito.

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Apresentador premiado

A popularidade de Rodrigo Faro ficou tão grande nessa época, que muitos concorrentes cresceram o olho. Com isso, a Record passou a segurá-lo com contratos bastante robustos e bem amarrados, além de lhe dar mais espaço na programação.

Faro, inclusive, foi cotado para o comando de um programa diário, que não saiu do papel. Em seu lugar, assumiu o reality Fazenda de Verão, que não alcançou muita repercussão. Mas o fiasco da atração não respingou no artista, que se tornou “queridinho” da TV, colecionou prêmios de melhor apresentador e virou um sucesso junto ao mercado publicitário.

Diante disso, sua mudança para as tardes de domingo foi um caminho natural. Com a saída de Gugu Liberato da Record, Rodrigo Faro foi eleito seu substituto e levou O Melhor do Brasil para o primeiro dia da semana. Um ano depois, a atração foi substituída pelo Hora do Faro.

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Queda

Hora do Faro foi bem em seus primeiros anos, mas perdeu fôlego no decorrer do tempo. Inicialmente, a atração garantia fácil a vice-liderança na concorrência com Eliana, do SBT, mas, tempos depois, a loira conseguiu virar o jogo.

Há quem acredite que Rodrigo Faro perdeu prestígio na ocasião em que foi visto perguntando como estava a audiência enquanto homenageava Gugu, quando o apresentador morreu. O episódio, claro, manchou sua imagem de bom moço, mas é fato que Hora do Faro já vinha em curva decrescente na audiência havia um tempo.

Em seus últimos anos, o Hora do Faro desidratou de vez. Muito por culpa da própria Record, que não soube reinventar o dominical diante de uma concorrência cada vez mais acirrada. O programa ficou repetitivo e pouco atrativo. Assim, Rodrigo Faro deixa a Record em sua pior fase.

Sua saída, no entanto, pode ser encarada como algo positivo. Sem as amarras da Record, Rodrigo Faro pode buscar uma necessária reinvenção em sua carreira. Respirando novos ares, ele tem a chance de recuperar o prestígio do passado.

**As críticas e análises aqui expostas correspondem à opinião de seus autores

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André Santana
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Jornalista, escritor e produtor cultural, André Santana escreve sobre televisão desde 2005 e já passou por várias publicações especializadas, assinando críticas, análises e informações sobre TV e novelas.