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Análise: Em novo programa, Angélica amadurece e consolida fase consciente

Apresentadora reforça seu compromisso em conduzir programas que tragam mensagens ao público

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André Santana
André Santana
Jornalista, escritor e produtor cultural, André Santana escreve sobre televisão desde 2005 e já passou por várias publicações especializadas, assinando críticas, análises e informações sobre TV e novelas.
Tony Ramos, Zeca Pagodinho, Angélica e Gilberto Gil
Angélica e seus convidados no Angélica: 50 & Uns – Foto: Alex Santana

Meses atrás, rumores davam conta de que o nome de Angélica estava cotado para o Estrela da Casa, reality show comandado por Ana Clara Lima. Não se sabe se a sondagem de fato aconteceu, mas, a princípio, a ideia soa um tanto estranha.

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Não porque Angélica não poderia fazê-lo, afinal, ela apresentou o Fama há 20 anos. Mas porque o Estrela da Casa parece não combinar com a atual fase profissional da esposa de Luciano Huck. Prestes a completar 51 anos, Angélica reconstrói a própria imagem ao iniciar uma fase mais consciente.

Faz tempo que a apresentadora não comanda um programa de entretenimento puro, como já fez no passado. Desde 2020, Angélica se dedica a projetos que procuram passar uma mensagem ao público. E Angélica: 50 & Uns, novo programa da loira, consolida essa fase.

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Papo entre homens

Em seu novo programa, já disponível no Globoplay e em exibição no GNT e no Fantástico, na TV Globo, Angélica recebe convidados homens para uma conversa franca na sala de sua casa. Entre seus convidados, nomes de alto calibre, como Antonio Fagundes, Tony Ramos, Ney Matogrosso e Gilberto Gil.

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Trata-se da mesma fórmula do Angélica: 50 & Tanto, lançado no ano passado com enorme sucesso. Porém, na temporada anterior, Angélica recebeu mulheres, todas já muito acostumadas a falar de modo mais aberto. Os homens, normalmente, ficam na defensiva.

Porém, no programa de Angélica, a conversa fluiu muito bem. A loira conseguiu arrancar boas confissões de seus convidados e foi feliz ao discutir assuntos espinhosos. Afinal, não é todo dia que uma celebridade como Lázaro Ramos confessa que passou meses sem transar porque preferia assistir Os Simpsons.

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Passado chapa-branca

Angélica: 50 & Uns
Angélica: 50 & Uns – Foto: Reprodução/Globoplay

Angélica estreou como apresentadora aos 14 anos, à frente do infantil Nave da Fantasia. Depois, vieram outros infantis de sucesso, como Clube da Criança, Casa da Angélica e Angel Mix. Em 2001, ao assumir o quadro Vídeo Game, do Vídeo Show, iniciou uma bem-sucedida transição, deixando de lado as crianças e falando mais ao público adulto.

Nessa fase, além do game show vespertino, Angélica também apresentou o talent show Fama e o talk show Estrelas. Nesse último, costumava visitar celebridades para conversas chapa-branca.

Ou seja, durante muitos anos, Angélica comandou programas sem nenhuma pretensão. Suas atrações tinham como único objetivo entreter, passando longe de polêmicas ou de assuntos mais espinhosos. A apresentadora era uma animadora, que não tinha a preocupação de oferecer nada além do óbvio ao seu público.

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Fase consciente

Mas, com o fim do Estrelas, Angélica deu início a uma nova fase. Sem um programa para chamar de seu, a estrela passou a se dedicar a projetos esporádicos, e todos com a pretensão de transmitir uma mensagem de impacto ao público. Deu-se início à fase consciente da apresentadora.

Programas como Simples Assim (2020) e Cartas Para Eva (2021) abordaram temas como felicidade, bem-estar, qualidade de vida, feminismo, comportamento… Ficou clara a vontade da apresentadora de usar seu espaço na TV para, de alguma maneira, contribuir para estimular o pensamento do público.

Os debates mostrados nas duas temporadas da série ‘Angélica 50’ consolidam ainda mais essa nova fase. A apresentadora está mais madura, mais consciente de suas responsabilidades e mais disposta a se posicionar. A imagem de “Fada Bela” se desconstruiu e, em seu lugar, surgiu uma mulher que tem o que dizer.

**As críticas e análises aqui expostas correspondem à opinião de seus autores

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André Santana
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Jornalista, escritor e produtor cultural, André Santana escreve sobre televisão desde 2005 e já passou por várias publicações especializadas, assinando críticas, análises e informações sobre TV e novelas.