Sucesso na Max, a novela Beleza Fatal estreia na TV aberta em breve. A partir de 10 de março, a produção escrita por Raphael Montes e dirigida por Maria de Médicis será lançada pela Band na faixa das 20h30.
Com isso, a Band volta a exibir uma novela nacional inédita 17 anos depois de Água na Boca (2008), sua última incursão no segmento. Trata-se de uma retomada poderosa, já que a emissora garantiu a exibição de uma produção caprichada e recheada de estrelas do primeiro time.
Porém, a novidade esbarra na falta de tradição da Band com a exibição de novelas. Embora tenha tido produções de sucesso nos anos 1980, a emissora não conseguiu se firmar nos folhetins depois disso, com uma linha de produção irregular e vários fracassos no currículo.
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Superprodução
Um ponto positivo da aquisição de Beleza Fatal é que a Band adquiriu um produto premium para seu horário nobre. A novela da Max já vai estrear com a chancela de parte do público, da crítica especializada e de vários profissionais da área, que já elogiaram a trama publicamente.
Produzida pela Coração da Selva, Beleza Fatal é uma novela muito bem-feita e bem dirigida. A produção ostenta um ar de novelão, com tudo exageradamente cafona, que faz sentido dentro da história que se conta. No entanto, tudo é de absoluto bom gosto.
Beleza Fatal acerta na ambientação, na fotografia e na direção segura de Maria de Médicis. Sem dúvidas, uma produção comparável às melhores novelas da Globo, sem tirar nem por.
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Elenco de estrelas
Além da produção caprichada, Beleza Fatal reúne um time de atores que, por muitos anos, estrelou várias novelas da Globo. Camila Pitanga, Giovanna Antonelli e Camila Queiroz foram protagonistas de muitas tramas da líder de audiência e são rostos conhecidos da audiência.
Beleza Fatal também conta com as presenças de Herson Capri, Caio Blat, Marcelo Serrado, Murilo Rosa e tantos outros atores conhecidos do público que acompanha novelas. Nem mesmo as novelas da Globo têm reunido um elenco tão estelar ultimamente.
A Max garantiu um elenco estrelado para sua novela aproveitando-se do fato de a Globo ter abolido contratos de exclusividade com a maioria dos atores que frequentam seus folhetins. Agora, a Band se beneficia disso e oferece ao seu público uma novela com atores muito queridos por quem gosta de um bom folhetim.
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Histórico ruim
Mas, apesar das inúmeras vantagens, a exibição de Beleza Fatal esbarra no histórico ruim da Band com relação às novelas. O canal não conseguiu emplacar folhetins brasileiros em suas últimas tentativas.
A infantil Floribella (2005) foi a única produção bem-sucedida dentre as mais recentes apostas. Já novelas como Serras Azuis (1998), Paixões Proibidas (2006), Dance Dance Dance (2007) e Água na Boca não foram nenhum estouro.
Além disso, o canal também não manteve uma regularidade quando passou a exibir novelas estrangeiras. Foi a Band que lançou novelas turcas na TV aberta, com Mil e uma Noites (2015), que obteve boa audiência. No entanto, o canal acabou abrindo mão delas poucos anos depois.
Assim, com esse histórico ruim, a emissora pode não conseguir firmar uma faixa de teledramaturgia após Beleza Fatal. Afinal, o que virá a seguir? O canal tem a mexicana Café com Aroma de Mulher e a brasileira Romaria – de Jayme Monjardim – na agulha, mas ainda não há uma definição sobre a sequência de produções da faixa das 20h30. É preciso um planejamento a longo prazo.
**As críticas e análises aqui expostas correspondem à opinião de seus autores