
Após quase três décadas à frente do Jornal Nacional, William Bonner encerra nesta sexta-feira (31) uma das trajetórias mais marcantes do telejornalismo brasileiro. Em entrevista para ‘O Globo’, ele comentou nos bastidores: “As pessoas estão me escrevendo como se eu tivesse morrido”. A despedida simboliza o fim de uma era na TV Globo e o início de um novo ciclo, com César Tralli assumindo a bancada ao lado de Renata Vasconcellos.
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Fim de um ciclo histórico
Bonner, que também ocupava o cargo de editor-chefe há 26 anos, passará a integrar o Globo Repórter ao lado de Sandra Annenberg a partir de 2026. O último JN sob seu comando contará com a presença de Tralli e Renata, selando oficialmente a transição. O telejornal, que atinge cerca de 30 milhões de pessoas por dia, é o mais influente do país e um dos maiores do mundo em audiência.
Tralli reconheceu a responsabilidade do novo desafio e afirmou que pretende “seguir firme no legado do William”, mantendo o tom institucional e a credibilidade do noticiário. Já Bonner ressaltou que o JN “é uma instituição tão forte que até os acionistas da Globo o veem como um patrimônio dos brasileiros”.
Mudanças no jornalismo e o futuro da TV
Durante a entrevista, ambos refletiram sobre os desafios do jornalismo em meio à era digital e à disseminação de fake news. Bonner destacou que o JN prioriza a profundidade e o contexto, enquanto Tralli frisou que o papel do telejornal é “explicar os assuntos e combater a desinformação”.
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Emocionado, Bonner deixou um conselho ao sucessor: “Entregue-se. O JN é absorvente, mas recompensador. O Tralli não tem nada a aprender comigo — a gente aprende o tempo todo com o que está à nossa volta.”






