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sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Morre José Mauro, músico e compositor carioca, aos 76 anos

O músico que foi tido como desaparecido nos anos 1970, faleceu nesta última segunda (16)

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Fernando Melo
Fernando Melo
Colunista sobre o mundo da TV, celebridades, influencers e personalidades da mídia em geral, atuante no segmento desde 2012, com passagens por diversos sites. No Área VIP, além de colunista, é coordenador de redação.
José Mauro - Foto: Jorge Bispo/Divulgação
José Mauro – Foto: Jorge Bispo/Divulgação

Morreu nesta última segunda-feira, 16 de setembro, o músico e compositor carioca José Mauro, aos 76 anos de idade. O artista ficou conhecido por seus dois álbuns lançados nos anos 1970, ‘Obnoxious’ e ‘A Viagem das Horas’, ele ainda chegou a ser dado como desaparecido até a ‘Far Out’ conseguir entrar em contato com ele em 2021.

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A morte de José Mauro foi comunicada pelo selo americano Far Out Recordings, que ainda destacou que seu óbito se deu por conta de uma pneumonia. Vale lembrar que, seus dois álbuns foram gravados em apenas uma sessão no lendário Odeon Estúdios, no Rio de Janeiro, e lançados pela Quartin Records do produtor Roberto Quartin, também responsável por ‘Os Afro-Sambas de Baden e Vinicius’. Músicos como Wilson das Neves e Ivan Conti, do Azymuth, participaram das gravações.

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Seus trabalhos, no entanto, não chegaram a ter muita repercussão e, após o músico decidir renunciar a carreira musical e a vida pública, surgiram rumores de que ele teria sido capturado pela ditadura ou morrido num acidente de carro. Mas, na realidade, o artista sempre esteve vivendo e trabalhando no Rio de Janeiro, como diretor teatral e professor de guitarra, até ser obrigado a parar de tocar por problemas de saúde.

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José Mauro, músico e compositor carioca

Foi no ano de 2016, através do relançamento de ‘Obnoxious’, que se tornou pública a informação de que José Mauro estava vivo e vivia no subúrbio carioca. Depois de finalmente entrar em contato com o selo em 2021, o músico deu entrevistas ao ‘The Guardian’, ‘The New York Times’, e outros importantes veículos de comunicação.

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Musicalmente, era uma descoberta para mim. Não exatamente bossa nova, a música que Zé Mauro conjurava soava próximo de folk, para mim, passando por camadas de samba, baião, ritmos afro, mas não exatamente isso -algo mais, algo além, algo misturado e apurado em uma alquimia que eu ainda não conhecia”, disse a jornalista Ana Maria Bahiana, que compôs letras para os discos do músico nos anos 1970, em nota para a ‘Folha’ sobre sua relação com o músico em 2021.

Confira um de seus trabalhos: 

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Fernando Melo
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