À Quem, Osmar Prado fez uma longa reflexão sobre a mensagem transferida por meio do Velho do Rio, o seu personagem em Pantanal. Desse modo, acabou se tornando um dos nomes mais comentados do momento nesta segunda-feira, 3 de outubro.
“Nós vivemos em uma sociedade que se preocupa em ter e o Velho do Rio não tem nada, nem quer ter. Representar isso não é um presente maravilhoso? Fui ao Pantanal para as gravações, mas confesso que não é fácil representar o Velho do Rio porque é de uma extrema complexidade de criação e, ao mesmo tempo, tem uma absoluta simplicidade. Ele tem uma emoção controlada. Percebi que já estava com o Velho do Rio há muitos anos em mim, embora seja um tipo que não tem nada de meu”, disparou Osmar Prado.
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“Esse é um personagem especial. Ele mostra que a liberdade é não ter nada. É um poeta, um filósofo, um homem que só na transcendência poderia ser o que é, falar o que tem que falar. Ele representa a libertação do mundo. O Velho diz: ‘Somos filhos de uma mãe gentil e generosa a quem tentamos há muito tempo escravizar’. O Velho do Rio representa a preservação da terra, da fauna, da água. E também defende a alegria das pessoas, um mundo mais justo, mais cooperativo, mais solidário, com empatia”, complementou.
Osmar Prado, ainda, deixou claro: “O convite para viver o Velho do Rio foi uma surpresa grande. Inicialmente, o Antônio Fagundes tinha sido escalado [para o papel]. Por causa da pandemia, eu não tinha cortado o pouco que tenho de cabelo, nem minha barba. Então, eu já estava com meio caminho andado no aspecto exterior quando o Rogério Gomes me convidou”.
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