
Escolhido em setembro para representar o Brasil na categoria de filme internacional da premiação de Hollywood, ‘O Agente Secreto’ recebeu indicações nesta terça-feira (28) a melhor atuação, com Moura, e a melhor roteiro original no Gotham Awards, importante premiação do cinema independente americano.
Para Wagner Moura, protagonista da produção, o caminho para uma possível participação do filme brasileiro no Oscar 2026 começa a aparecer agora. “Há algumas boas semanas que se fala sobre Oscar, mas quando rolam essas outras indicações, como o Gotham, ou como o de críticos que o Kleber ganhou agora, é aí sim que eu começo a ver um caminho para o Oscar”, diz o ator em coletiva de imprensa realizada em São Paulo nesta terça-feira (28), na qual o Área Vip acompanhou.
‘O Agente Secreto’ é escolhido para representar o Brasil no Oscar 2026
Esse caminho tem sido construído há um tempo, realmente. O próprio diretor e roteirista do filme, Kleber Mendonça Filho contou que estava fora do Brasil há 38 dias para participar de diferentes festivais nos Estados Unidos e na Europa.
Dá para ver um início para essa jornada ainda mais longe. Pelo menos desde que cineasta e ator ganharam prêmios no Festival de Cannes, em maio, evento que tem previsto cada vez mais favoritos no Oscar.
No roteiro, escrito pelo diretor, Moura interpreta um homem que retorna a Recife (PE) durante a ditadura militar para fugir de um passado misterioso. Escondido e em busca de alguma esperança para conseguir voltar a viver com o filho, ele não sabe que ainda está na mira de um antigo inimigo.
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Para o ator, o filme ajuda a recuperar a memória de um país em relação ao período. “Se a gente não tivesse tido a lei de anistia a gente não teria tido um presidente como esse que agora está preso. Um país precisa de memória”, afirmou Wagner Moura.
Kleber Mendonça Filho concordou. “Tenho vontade que esse filme seja descoberto por pessoas muito jovens, que descubram no cinema algo muito interessante sobre o Brasil. Nosso país tem questões com a memória”, disse o diretor.
Kleber se lembra de sair de uma sessão de ‘Ainda Estou Aqui’, em 2024, e entreouvir “duas meninas” conversarem. “Uma delas parecia não saber que a ditadura tinha sido tão ruim no Brasil.”






