
O duplo feminicídio ocorrido no Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet), no Maracanã, segue gerando forte comoção e cobranças por respostas. Alline de Souza Pedrotti, pesquisadora e tradutora de 35 anos, afirmou ao ‘O Globo’ que a morte da irmã, a pedagoga Allane de Souza Pedrotti Matos, de 41 anos, poderia ter sido evitada caso a instituição tivesse impedido a entrada do autor dos disparos. A psicóloga escolar Layse Costa Pinheiro também foi assassinada na ação, investigada pela Delegacia de Homicídios da Capital.
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Segundo Alline, a irmã relatava desde o ano passado sentir-se ameaçada pelo colega de trabalho João Antônio Miranda Tello Gonçalves, que se matou após o ataque. Ela afirma que funcionárias chegaram a deixar o local ao perceberem a presença do homem naquele dia. Em depoimento emocionado, destacou: “Deixou um cara entrar armado na instituição”. A família tomou conhecimento de que o atirador carregava 50 projéteis, aumentando o temor sobre o potencial da tragédia.
Relatos de medo, denúncias ignoradas e rotina de tensão
Alline conta que Allane vivia amedrontada e chegou a pedir que a irmã cuidasse de sua filha de 13 anos caso algo lhe acontecesse. A vítima passou meses afastada do trabalho por medo, em home office. A família menciona que o homem “não se sentia confortável de ser chefiado por mulheres” e que mantinha comportamento hostil no ambiente profissional.
A vítima, além de pedagoga e doutora em Linguística, era sambista atuante em grupos como Quilombo Urbano e Mensageiros do Samba. A música, segundo a família, era seu alívio diante do quadro depressivo.
O Cefet decretou luto oficial de cinco dias e ainda não se pronunciou sobre as críticas da família. A instituição não abriu para aulas nesta segunda-feira, mantendo apenas equipes de vigilância e obras no prédio. A família de Allane busca respostas e uma reunião com a direção acompanhada por advogado.
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