
O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, convocou uma reunião de emergência no Palácio do Planalto na noite desta terça-feira (28) para tratar da grave crise na segurança pública do Rio de Janeiro, que já soma mais de 60 mortos em confrontos recentes.
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Encontro foi articulado por Rui Costa
A iniciativa da reunião partiu do ministro da Casa Civil, Rui Costa, que passou o dia em contato com as demais pastas envolvidas na gestão da crise. Devem participar também os ministros Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Sidônio Palmeira (Comunicação Social), além de representantes do Ministério da Justiça e da Polícia Federal.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que cumpre agenda no Ceará, não deve comparecer ao encontro. A decisão de convocar a reunião foi tomada após uma conversa no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, onde Alckmin recebeu Rui Costa e Sidônio Palmeira no início da tarde.
A partir desse ponto, os ministros entraram em modo de gerenciamento de crise, cancelando compromissos e concentrando esforços na preparação do encontro no Planalto. Enquanto isso, Alckmin foi sendo atualizado em tempo real sobre os desdobramentos no Rio.
Governador Cláudio Castro tenta amenizar atrito com Planalto
Mais cedo, o governador Cláudio Castro (PL) entrou em contato com Gleisi Hoffmann para discutir a situação. Segundo fontes do governo federal, ele teria tentado minimizar o tom crítico de suas declarações anteriores, afirmando que sua intenção era apenas cobrar “maior integração com as forças federais”.
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Castro revelou ainda que pediu o apoio de blindados das Forças Armadas em três ocasiões, mas os pedidos foram negados. Apesar disso, ele admitiu que não solicitou ajuda federal para a operação policial desta quinta-feira.
Mais tarde, Lewandowski afirmou que o Ministério da Justiça não foi informado oficialmente sobre a ação e que soube do caso apenas pela imprensa.






