
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (3) a abertura de um inquérito formal para investigar a atuação de facções criminosas no Rio de Janeiro. A decisão transforma uma apuração preliminar, em andamento desde agosto, em inquérito oficial sob responsabilidade da Polícia Federal (PF).
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PF deve apresentar relatório sobre ações já realizadas
Segundo a determinação, a PF deverá encaminhar um relatório detalhado das medidas adotadas até o momento e seguir com as diligências cabíveis. “Reautue-se esta Pet como Inquérito… encaminhem-se os autos à Polícia Federal para apresentação de relatório das providências realizadas até o presente momento”, determinou Moraes.
A apuração está vinculada à ADPF das Favelas, ação julgada pelo STF em abril, que fixou regras para operações policiais no estado. Na ocasião, o tribunal havia decidido que a PF deveria investigar “a atuação dos principais grupos criminosos violentos em atividade no Estado e suas conexões com agentes públicos”.
Investigações ganham novo formato
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, já havia anunciado a criação de um “inquérito macro”, semelhante à Operação Carbono Oculto, que investigou lavagem de dinheiro do PCC por meio de fintechs e distribuidoras de combustíveis.
— Ele anunciou que vai abrir um inquérito macro, uma espécie de inquérito guarda-chuva… abarcando todas as investigações — afirmou Lewandowski à Globonews.
Foco em lavagem de dinheiro e infiltração no poder público
Durante reunião com entidades que acompanham a ADPF das Favelas, Moraes destacou que o inquérito deve aprofundar as investigações sobre esquemas financeiros das facções e a possível infiltração do crime organizado em órgãos públicos. O ministro ainda defendeu a atuação independente de peritos e a fiscalização das polícias pelo Ministério Público, reforçando a importância da transparência nas apurações.
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